Via Campesina ocupa Incra em Belo Horizonte


Da Página do MST

Cerca de 500 famílias ligadas à Via Campesina ocuparam a sede da superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira.

Os manifestantes cobram do órgão agilidade na realização da Reforma Agrária e exigem o assentamento das famílias acampadas, assistência técnica para as famílias assentadas.

Além disso, exigem a vistoria de terras para reassentamento de famílias atingidas por barragens do Leste e da Zona da Mata Mineira. O Incra já fez o cadastro das famílias.


Da Página do MST

Cerca de 500 famílias ligadas à Via Campesina ocuparam a sede da superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira.

Os manifestantes cobram do órgão agilidade na realização da Reforma Agrária e exigem o assentamento das famílias acampadas, assistência técnica para as famílias assentadas.

Além disso, exigem a vistoria de terras para reassentamento de famílias atingidas por barragens do Leste e da Zona da Mata Mineira. O Incra já fez o cadastro das famílias.

Dezenas de famílias atingidas pela barragem de Fumaça, acampadas no Acampamento Dom Luciano, desde o dia 14 de março, participam da mobilização.

“A barragem foi construída pela Novelis, uma empresa transnacional que usa a hidrelétrica para abastecer sua indústria de alumínio na cidade de Ouro Preto, e deixou as famílias abandonadas, sem terra e sem os meios de subsistência”, disse Claret Fernandes.

Dentre as várias categorias atingidas, os diaristas foram os mais prejudicados. Dos mais de 400 diaristas atingidos, alguns não foram reconhecidos e muitos receberam uma indenização de apenas R$ 238.

Em julho do ano passado, o governo Lula reconheceu publicamente a dívida do Estado brasileiro com as populações atingidas por barragens e prometeu o pagamento dessa dívida antes do final do até o fim do seu governo. Nesse sentido, determinou ao Incra o levantamento dessa dívida por meio do cadastramento das famílias atingidas.

“O MAB vem percebendo que tudo está lento demais, com muita conversa e poucos avanços práticos, enquanto as famílias continuam sofrendo debaixo de lonas sem vistoria das terras por parte do Incra. O cadastramento das famílias é muito importante para sinalizar a vontade do governo de cumprir sua promessa, mas só isso não basta”, finalizou Fernandes.

Entre os pontos da pauta de reivindicação dos atingidos por barragens está a vistoria das terras para reassentamento das famílias já cadastradas, plano de reassentamento e aquisição das terras, término do cadastramento das famílias pelo Incra e políticas para a subsistência das famílias acampadas.

Os manifestantes pretendem permanecer acampados no Incra em Belo Horizonte até que suas pautas sejam atendidas e o órgão federal apontar medidas concretas para a negociação com os movimentos organizados.