Agronegócio, lucros, fusões e incentivo público
Da Página do MST
Com informações do IHU
De acordo com reportagem da revista Exame (veículo porta-voz do agronegócio, na edição de julho), setores do agronegócio tais como frigoríficos e agrocombustíveis estão em expansão. No relato da revista, o frigorífico JBS possui um faturamento de U$ 20,6 bilhões, a partir da aquisição de frigoríficos menores e no contexto de demanda da China. Porém, o processo determinante é a fusão entre grandes empresas. Na realidade, trata-se de um processo concentrador de capital, que vem criando novas empresas transnacionais e mundializadas.
Da Página do MST
Com informações do IHU
De acordo com reportagem da revista Exame (veículo porta-voz do agronegócio, na edição de julho), setores do agronegócio tais como frigoríficos e agrocombustíveis estão em expansão. No relato da revista, o frigorífico JBS possui um faturamento de U$ 20,6 bilhões, a partir da aquisição de frigoríficos menores e no contexto de demanda da China. Porém, o processo determinante é a fusão entre grandes empresas. Na realidade, trata-se de um processo concentrador de capital, que vem criando novas empresas transnacionais e mundializadas.
De acordo com a reportagem : “Em 2008, já como empresa aberta na Bolsa de Valores de São Paulo, o JBS comprou a americana Swift, transformando-se em líder mundial do setor. Em setembro do ano passado, adquiriu o frigorífico Bertin, seu principal competidor no Brasil, ao mesmo tempo em que fechava a compra da Pilgrim’s Pride, segunda maior processadora de frangos dos Estados Unidos. Estava formado um grupo privado com faturamento na casa de 30 bilhões de dólares”.
O processo de crescimento do agronegócio brasileiro, que se capitaliza e torna-se corporação internacional, conta com o impulso do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). O banco público financiou R$ 17,4 bilhões o agronegócio, entre 2007 e 2009, principalmente da área de carne. No mesmo período, de acordo com a reportagem, companhias ou fundos internacionais investiram R$ 4,3 bilhões em empresas brasileiras com atuação nos setores de produção de etanol – setor apontado pela reportagem como uma “bola da vez” das corporações.
Seguindo os passos do JBS, o frigorífico Marfrig, liderado pelo empresário Marcos Molina, fez 37 aquisições desde 2007, informa a Exame. Um mercado que torna-se concentrado e centralizado.
Fusões garantidas pelo investimento público
Atualmente, o BNDES é o principal investidor das chamadas transnacionais brasileiras, nos ramos de mineração, construção civil e agronegócio. Essas empresas atuam em diversos países do mundo. Surgido em 1952, o banco público foi a ferramenta da política econômica de diferentes governos brasileiros.
Na década de 1990, o banco gerenciou a política de privatizações, por meio do Programa Nacional de Desestatização (PND). Siderúrgicas, empresas telefônicas e distribuidoras de energia, mineradoras como a Vale foram leiloadas. Atualmente, o BNDES é uma das principais ferramentas para o investimento em empresas transnacionais brasileiras – o que inclui o setor do agronegócio.
Petrolíferas e agrocombustíveis
No setor sucroalcooleiro, temos ainda as seguintes operações de concentração de empresas, informa a Exame: “No setor sucroalcooleiro, duas grandes operações se destacaram em 2009: a aquisição, por 1,5 bilhão de dólares, de cinco usinas do Grupo Moema pela multinacional Bunge e a compra da Santelisa Vale pela Louis Dreyfus Commodities, um negócio de 467 milhões de dólares. O ano ainda teve a fusão de duas inimigas históricas, Perdigão e Sadia, dando origem à gigante Brasil Foods – ou simplesmente BRF -, empresa cujo valor de mercado é 11,5 bilhões de dólares”.
Neste sentido, a ONU considera o Brasil, até 2012, o carro-chefe da produção de energias renováveis e alimentação para o mundo.
Petrolíferas como a Schell e a BP, e mesmo a brasileira Petrobras, pregam a necessidade de investir nos dois ramos: petrolífero e de agrocombustíveis. Entre outros exemplos, a Exame cita o negócio entre uma petroleira e um dos maiores grupos do setor sucroalcooleiro: “No início deste ano, a Cosan e a anglo-holandesa Shell concretizaram um dos maiores e mais surpreendentes negócios dos últimos tempos ao formar uma joint venture de 12 bilhões de dólares para produção e distribuição de etanol”, informa a reportagem.