Miguel Rezende é flagrado pela 6ª vez com trabalho escravo
Por Reynaldo Costa
Da Página do MST
Pela sexta vez, trabalhadores em condições análogas à escravidão foram encontrados em áreas de Miguel de Sousa Resende, um dos maiores pecuaristas do Maranhão.
Dessa vez, foi na Fazenda Zonga, onde 45 trabalhadores faziam o "roço de juquira", em condições de alojamento e alimentação degradantes, sem o pagamento regular de salário.
Acesse a página especial da Campanha contra o Trabalho Escravo do Agronegócio
Por Reynaldo Costa
Da Página do MST
Pela sexta vez, trabalhadores em condições análogas à escravidão foram encontrados em áreas de Miguel de Sousa Resende, um dos maiores pecuaristas do Maranhão.
Dessa vez, foi na Fazenda Zonga, onde 45 trabalhadores faziam o “roço de juquira”, em condições de alojamento e alimentação degradantes, sem o pagamento regular de salário.
Acesse a página especial da Campanha contra o Trabalho Escravo do Agronegócio
Camila Bemergui, a auditora fiscal do Ministério do Trabalho que coordenou o grupo móvel e resgatou os trabalhadores, afirmou que “quando fomos negociar o pagamento das verbas rescisórias, os advogados do fazendeiro disseram que os empregados estavam registrados, então não havia problemas. Como se não fosse necessário respeitar outros direitos dos trabalhadores”.
O advogado de Miguel Rezende disse que ele se nega a acertar o pagamento com os trabalhadores.
A ação foi realizada graças à denúncia de um trabalhador que conseguiu fugir da fazenda, onde trabalhou por mais de seis meses.
O trabalhador denuncia que o pagamento era feito a cada dois ou três meses e o valor mensal recebido era inferior ao salário mínimo. Ele relata ainda as dificuldades para ir embora, pois o recurso recebido nunca dava para pagar as despesas das passagens, uma vez que a fazenda fica distante dos centros urbanos.
A Fazenda Zonga fica em Bom Jardim (MA), dentro da Reserva Biológica do Gurupi. É proibida por lei a criação de gado nessa região.
A área foi flagrada a primeira vez em 1996. Desde então, outras duas propriedades do escravocrata foram flagradas. Ao todo, 276 trabalhadores já foram libertados das fazendas de Miguel Resende.