PM ameaça fazer despejo de Sem Terra em Minas Gerais
Da Página do MST
A Polícia Militar ameaça fazer o despejo das famílias do acampamento Zumbi dos Palmares, que ocupam a Fazenda Sítio, no município de Bocaiúva, nesta sexta-feira.
As famílias Sem Terra ocuparam a área em maio para denunciar que o latifúndio está improdutivo, não cumpre a sua função social e deve ser destinado à Reforma Agrária, como determina a Constituição.
A fazenda é de propriedade da família de José Maria Alkmin, um dos articuladores do golpe de 1964, morto em 1974. Ele ganhou a fazenda da família Matarazzo.
Da Página do MST
A Polícia Militar ameaça fazer o despejo das famílias do acampamento Zumbi dos Palmares, que ocupam a Fazenda Sítio, no município de Bocaiúva, nesta sexta-feira.
As famílias Sem Terra ocuparam a área em maio para denunciar que o latifúndio está improdutivo, não cumpre a sua função social e deve ser destinado à Reforma Agrária, como determina a Constituição.
A fazenda é de propriedade da família de José Maria Alkmin, um dos articuladores do golpe de 1964, morto em 1974. Ele ganhou a fazenda da família Matarazzo.
Hoje, sob controle de Luciano Alkmin, filho do José Maria, a fazenda se encontra abandonada.
O mandado de despejo expedido pela Vara de Conflitos Agrários é considerada arbitrária pelo MST, uma vez que não houve audiência pública de conciliação.
Além das dificuldades com o Judiciário, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) também não se mostrou eficiente para resolver a situação das famílias Sem Terra.
O Incra já poderia ter criado um assentamento na Fazenda Vargem Grande, próxima à Fazenda Sítio.
A Fazenda Sítio foi o berço da Agroindustrial Jequitaí, que depois se tornou a Usina de Açúcar Malvinas, que utilizou trabalhadores em regime de escravidão depois da Abolição.
“Esse latifúndio se confunde com a história de exploração do povo brasileiro, pois abrigou um dos primeiros engenhos de cana-de-açúcar da região e traz em si as marcas da escravidão”, afirma nota dos Sem Terra de Minas Gerais.
O MST reivindica a desapropriação imediata da fazenda, o assentamento das 3.000 famílias acampadas em Minas Gerais e assistência técnica e liberação de crédito agrícola para as famílias assentadas.