“Temos de fazer uma revolução no campo”, afirma Dilma
A presidente eleita, Dilma Rousseff, disse hoje que não tratará a questão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como “caso de polícia”.
“O que precisamos é transformar o pequeno agricultor em proprietário, e que ele tenha melhorias dentro do campo e na educação”, argumentou Dilma, que defendeu a Reforma Agrária.
“Temos de fazer uma revolução no campo, no sentido de transformar os agricultores em proprietários. Resolver o problema dos sem-terra é criar milhões de pequenos proprietários que farão com que o tecido social no setor rural brasileiro seja mais democrático.”
Para que as ações na área tenham êxito, acrescentou a futura presidente da República, “o proprietário tem de ter renda e tem de perceber que melhorou de vida”.
Dilma reiterou ainda que reprova ações violentas do latifúndio, como a praticada no sul do Pará, em 1996. “No meu governo, não vai haver outro Eldorado dos Carajás”, declarou, durante entrevista coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto.
No dia 17 de abril de 1996, 19 trabalhadores rurais foram assassinados pela Polícia Militar do Pará, sob o governo de Almir Gabriel (PSDB).
A recado de Dilma tem endereço: o PSDB voltará ao governo do Pará, com a eleição de Simão Jatene (PSDB), que venceu Ana Júlia (PT) no 2º turno.
(com informações da Agência Brasil e agências)