Ato ecumênico, político e cultural marca 17 de abril no Pará
Por Márcio Zonta
De Eldorado dos Carajás (PA)
“As castanheiras lembram... E você?”. Foi dessa forma que aproximadamente 600 pessoas chegaram entoando a frase no ato político, ecumênico e cultural realizado no dia 17 de abril, no domingo pela manhã “na curva do S”.
Por Márcio Zonta
De Eldorado dos Carajás (PA)
“As castanheiras lembram… E você?”. Foi dessa forma que aproximadamente 600 pessoas chegaram entoando a frase no ato político, ecumênico e cultural realizado no dia 17 de abril, no domingo pela manhã “na curva do S”.
Saindo as cinco e meia da manhã do assentamento 17 de abril, percorreram os sete quilômetros que caminharam as famílias há 15 anos, relembrando os companheiros tombados e o sofrimento daqueles que saíram em marcha no dia, que hoje é reconhecido como dia internacional de luta pela Reforma Agrária.
Para o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), presente no ato, “essa data lembra um dos dias mais brutais na história desse Brasil, que até hoje permanece impune”.
João Pedro Stedile, da Coordenação Nacional do MST, falou sobre a disputa emblemática pela terra na região. “Não podemos aceitar um testa de ferro das multinacionais, Daniel Dantas, comprando 56 fazendas na região”, disse.
Mesmo com uma temperatura de quase 37 graus, na cidade paraense de Eldorado de Carajás, as dezenas de pessoas que foram ao ato não dispersaram e ainda assistiram ao show do grupo de rap, A Família.
Em tom de protesto pelas chacinas acontecidas nas periferias das cidades e no campo, deixaram um recado: “é preciso lutar sempre contra as forças opressoras”, disse um dos integrantes.
No encerramento da semana, a festa da Reforma Agrária parabenizou os 15 anos do assentamento 17 de abril, destacando as conquistas da comunidade e a entrega do titulo definitivo da terra as famílias. Com shows da cantora e compositora Socorro Lira, Pereira da Viola, Clauber Martis e Zeca Tocantins, foram finalizadas as festividades.