MST faz doação de alimentos em Santa Catarina
Na semana que marca os 15 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás (17 de abril de 1996), no Pará, o MST de Santa Catarina iniciou mobilizações em todas regiões do Estado.
Na semana que marca os 15 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás (17 de abril de 1996), no Pará, o MST de Santa Catarina iniciou mobilizações em todas regiões do Estado.
Depois de 15 anos, os responsáveis pelo Massacre de Eldorado dos Carajás seguem em liberdade. No confronto, 19 sem-terra foram mortos e 79 mutilados ou feridos pela polícia, na rodovia PA-150.
As atividades envolveram as comunidades dos municípios. O objetivo é mostrar o potencial dos assentamentos, com a doação de alimentos produzidos em áreas antes improdutivas, e que hoje garantem sustento a milhares de famílias e produtos de qualidade para a sociedade.
Em Canoinhas, integrantes do movimento doaram sangue, distribuíram alimentos e trabalharam no embelezamento da Praça Central do município.
Na próxima semana as mobilizações acontecem nos municípios de Taió, Matos Costa, Caçador, Fraiburgo, Lebon Regis, Água Doce, Catanduvas, Passos Maia, São Miguel do Oeste e Abelardo Luz. Integrantes do movimento realizarão atividades de embelezamento das cidades e também entregarão alimentos à população.
Ocupação
Na manhã desta quinta-feira, 150 integrantes do movimento ocuparam a Fazenda Xaxim I, em Curitibanos. A área, de 350 hectares, foi vistoriada e considerada improdutiva pelo Incra. Além de lembrar os 15 anos do Massacre de Carajás, a atividade pressiona pela efetiva reforma agrária em Santa Catarina.
“Nossa meta é assentar até o final do ano as 500 famílias acampadas. O governo Lula deixou um passivo em relação à reforma agrária e queremos encaminhar estas questões pendentes, para depois avançar em outros pontos, principalmente na garantia de condições de produção aos assentamentos”, disse Vilson Santin, um dos coordenadores do MST em SC.
A principal reivindicação é acesso à terra, além de infra-estrutura para os assentamentos, que muitas enfrentam problemas em razão da ausência de crédito e de condições básicas para produzir. A reunião também tratou das oito áreas em processo de vistoria no Estado.
(com informações de boletim do deputado Padre Pedro)