Sem Terra fazem ato contra mudanças no Código Florestal no Mato Grosso
Integrantes do Movimento Via Campesina, organização internacional de camponeses que tem por objetivo defender os interesses desse segmento, realizam nesta sexta-feira (26) uma caminhada pela avenida Miguel Sutil com destino ao Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá.
Integrantes do Movimento Via Campesina, organização internacional de camponeses que tem por objetivo defender os interesses desse segmento, realizam nesta sexta-feira (26) uma caminhada pela avenida Miguel Sutil com destino ao Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá.
Os manifestantes vão panfletar na entrada do Seminário Internacional “A Constituição e o Meio Ambiente. Intitulada como “Caminhada em defesa da floresta e da vida”, mostrando aos participantes por que são contra o projeto de Novo Código Florestal cujo relator deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) está em Cuiabá para debater o assunto.
Entre os participantes do protesto estão integrantes da Pastoral da Terra, Sistema Integral da Nova Evangelização (Sine), Movimento dos Sem-Terras (MST), ambientalistas, entidades de mulheres, também foram convidados estudantes do ensino médio de escolas públicas de Capital. A concentração ocorre no Parque Mãe Bonifácia para a caminhada até o local de evento realizado pela União de Ensino Superior de Diamantino (Uned) para discutir temas relacionados à produção de alimentos no Brasil e suas implicações com as questões ambientais. Por volta das 8h30 já haviam cerca de 200 manifestantes se preparando para a passeata.
Além de palestrantes do ramo jurídico, participam do evento o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, do Superior Tribunal de Justiça Antônio Herman de Vasconcellos, deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do projeto do novo Código Florestal, ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira senadores Blairo Maggi (PR-MT), Katia Abreu (DEM-TO) presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), da bancada ruralista.
Um dos coordenadores do MST, em Mato Grosso, Antônio Carneiro, fala da preocupação com a possível aprovação do Novo Código Florestal prevista para ocorrer no Senado até 20 de outubro, e classifica como um retrocesso ambiental. “É um projeto suicida a longo prazo, pois pretendem reduzir as áreas de preservação da Amazônia em 50%, o Cerrado em 20%, além de colocar em risco as margens de rios e morros de cerrados cujas matas também poderão ser desmatadas” diz, com base, segundo ele, em estudos de entidades competentes e contrárias ao Novo Códico Florestal.