Seminário faz balanço da Campanha contra os Agrotóxicos e pela Vida
Por Maria Mello, Vinícius Mansur
Do Brasil de Fato
Em abril deste ano, mais de 20 organizações da sociedade civil organizada, entre movimentos sociais, ambientais e estudantis, lançavam nacionalmente a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida.
Por Maria Mello, Vinícius Mansur
Do Brasil de Fato
Em abril deste ano, mais de 20 organizações da sociedade civil organizada, entre movimentos sociais, ambientais e estudantis, lançavam nacionalmente a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida.
De lá para cá, novas entidades se somaram à campanha e comitês locais foram consolidados em vários estados para realizar atividades de conscientização, formação e pressão política em torno da luta contra os venenos agrícolas e por um novo modelo para a agricultura do país.
Com o propósito de avaliar política e organizativamente o trabalho e planejar os próximos passos, integrantes de organizações do campo, da cidade, estudantes, pesquisadores, médicos e nutricionistas participam II Seminário Nacional da Campanha, que acontece em Brasília nesta semana.
Para Cleber Folgado, da coordenação da campanha, o saldo até o momento é positivo. “Cerca de 19 estados já têm comitês e há mais três em processo de construção. A campanha agora deve passar para um segundo momento. No primeiro expusemos o problema dos agrotóxicos para a sociedade, em espaços diversificados. Também houve avanços no âmbito legislativo, principalmente em relação à pulverização aérea. Agora precisamos pensar na capacidade organizativa da campanha, avançar na comunicação para expandir o debate”.
Na avaliação de Marcelo Firpo, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), que no primeiro dia do seminário abordou a relação entre monocultura e os agrotóxicos – apontando a articulação estrutural entre concentração fundiária, internacionalização do comércio e produção de agroquímicos – é preciso avançar na divulgação do modelo agroecológico como contraponto à utilização dos venenos entre os agricultores. “Avançamos enormemente na questão da consciência e visibilidade em relação a agrotóxicos. A questão agora é tratar das possibilidades para agricultores. O trabalhador rural no momento da aplicação é o mais atingido pelo veneno”, afirma.
O seminário começou nesta segunda-feira (07) e termina na quarta-feira (09). Nesta terça-feira (08), as entidades participantes promovem um ato político com parlamentares e parceiros no SINDSEP-DF, às 19h30.