Batizado de Capoeira em assentamento na Bahia

 
Por Raumi Souza
Da Página do MST

 

 
Por Raumi Souza
Da Página do MST

 

O Assentamento São Sebastião de Utinga, no Interior da Bahia, realizou neste domingo (18) um batizado de capoeira, sem deixar de colocar em pauta debates políticos sobre a questão racial e cultura popular. O evento foi organizado numa oscilação entre ginga, debate e música percussiva como método de mobilização da juventude.

Há 16 anos que o MST atua na região da Chapada Diamantina, tendo o Assentamento São Sebastião de Utinga como a primeira área ocupada na região. A comunidade se destaca pela produção agrícola da mandioca, hortaliças e também pela produção cultural organizada pela juventude.

Há também o grupo musical Estrela da Juventude, que trabalha com percussão construída a partir de materiais recicláveis, grupos de dança afro-brasileira, vaquejada, futebol e a própria capoeira.

Esse foi o 1° Batizado de capoeira que reuniu jovens, crianças e adultos do assentamento e da região. “Os escravos gingavam pela segurança e liberdade. Assim como Zumbi, Dandara e Ganga-Zumba continuamos gingando pela Revolução”, afirma Betinho, presidente da Associação do Assentamento.

Para o coordenador do Setor de Juventude Donatilho Barros – e que recebeu no evento o título de Professor de Capoeira – “a capoeira ajuda organizar a Juventude e é um incentivo para que a luta pela igualdade social pela igualdade racial continue, pois a capoeira não é só um jogo de pernas. A capoeira é permitir a continuidade da luta por uma sociedade antiracista e emancipada”, acredita.