Sem Terras realizam oficina de agrofloresta em fazenda ocupada
Da Página do MST
Da Página do MST
Para se contrapor à monocultura da cana que assola a região de Ribeirão Preto (SP), os trabalhadores Sem Terra do acampamento “Alexandra Kollontai” – que ocupam a fazenda Martinópolis, no município de Serrana – realizaram uma oficina agroflorestal.
Ao fazer da abertura um momento místico e animado, com música, ciranda e gritos de ordem, a oficina procurou assinalar a importância de um plantio diversificado, com a intenção de preservar o meio ambiente e contribuir com a soberania alimentar.
Numa das atividades, os agricultores contaram a história do desmatamento para se fazer roça e criar gado, lamentando ter sido instrumento dessas práticas.
Na sequência, implantaram quatro linhas de sistema agroforestal com “muvuca”, mistura de sementes frutíferas, nativas, milho, feijão e hortalizas, além de mudas de árvores.
As famílias acampadas darão continuidade as atividades de implantação do sistema, que aproveita a cana derrubada como matéria orgânica para a produção da agrofloresta.
Histórico
A fazenda Martinopolis – ligada a Usina Nova União – está ocupada pela sexta vez desde o dia 11 de fevereiro. Dentre os problemas que envolvem a fazenda, pesa um processo por sonegação de impostos, além de várias denúncias relacionadas a questões trabalhistas e ambientais.