“Nossa mobilização exige veto da Dilma nas alterações do Código Florestal”


Da Jorge Américo
Da Radioagência NP

 

Organizada por trabalhadoras rurais de vários movimentos sociais, a Jornada de Lutas das Mulheres Camponesas deste ano cobra ações mais concretas pela efetivação da Reforma Agrária. A mobilização se encerra em 8 de março – Dia internacional da Mulher – e inclui uma série de manifestações, além da realização de um encontro nacional.


Da Jorge Américo
Da Radioagência NP

 

Organizada por trabalhadoras rurais de vários movimentos sociais, a Jornada de Lutas das Mulheres Camponesas deste ano cobra ações mais concretas pela efetivação da Reforma Agrária. A mobilização se encerra em 8 de março – Dia internacional da Mulher – e inclui uma série de manifestações, além da realização de um encontro nacional.

Na primeira ação da Jornada – que ocorreu na última semana – mais de 1 mil mulheres ocuparam uma fazenda da empresa Suzano Papel e Celulose. A integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Kelli Mafort, relata que todas as atividades questionam o atual modelo de desenvolvimento.

“Nós estamos fazendo uma denúncia sobre as diversas violações de direitos humanos que as mulheres estão sofrendo, além da violência doméstica. A nossa mobilização também é no sentido de exigir um veto da presidente Dilma em relação às alterações do Código Florestal; e o tema dos agrotóxicos, que já vem sendo pautado em várias ações nossas.”

Um estudo da Fundação Perseu Abramo mostra que a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil, e cerca de 11% das brasileiras com 15 anos ou mais já foram vítimas de espancamento. Kelli lembra que essa realidade se repete independente do espaço geográfico.

“Existem diferenças na forma da exploração, mas tanto no campo quanto na cidade nós enfrentamos contradições semelhantes. Neste ano, por exemplo, estão acontecendo ações conjuntas de mulheres da Via Campesina com mulheres urbanas devido a essa proximidade.”

Dados do Ministério da Justiça atestam que a cada duas horas uma mulher é assassinada no Brasil.