Marcha reúne 1.200 mulheres camponesas por Reforma Agrária em Aracaju

Por Vanessa Ramos
Da Página do MST

 
Cerca de 1.200 mulheres partiram em marcha do assentamento Quissamã, no município de São Cristóvão, a 17 km de Aracaju (SE), na manhã desta quinta-feira (8/3) para realizar uma manifestação no centro da capital, na sede do Incra.

A ação reivindica medidas concretas para que a Reforma Agrária, efetivamente, deixe de ser uma promessa e torne-se uma realização. Para isso, as mulheres do MST entregarão uma pauta com reivindicações aos representantes do Incra.

Dentre os temas da pauta, estão apoio às mulheres camponesas, liberação de recursos para reforma de casas, vistorias de áreas improdutivas para que sejam destinadas à Reforma Agrária, além de denunciarem os efeitos nocivos do agronegócio em Sergipe.

“Esperamos sair do Incra com um calendário de vistoria de terras improdutivas na região”, disse Gislene Reis, da Direção Nacional do MST. Segundo ela, existem aproximadamente 210 áreas improdutivas aguardando vistoria do Incra para serem liberadas para Reforma Agrária no estado. “Durante três anos, apenas quatro áreas foram vistoriadas e liberadas pelo Incra”, contou Gislene.

Além da marcha, as mulheres também estão fazendo doação de sangue para o Banco de Sangue de Aracaju.

A luta das camponesas começou na terça-feira (6/3), no assentamento Quissamã, onde realizaram um encontro sobre a luta das mulheres e conderam as mudanças no Código Florestal, propostas pela bancada ruralista no Congresso Nacional.

Na quarta-feira (7/3), em audiência na Assembléia Legislativa do Estado com participação de 200 mulheres camponesas, o deputado estadual João Daniel (PT-SE) fez um discurso em defesa da Reforma Agrária. “Quero parabenizar a luta das mulheres trabalhadoras do Brasil, em especial, das trabalhadoras do Campo”, disse o deputado