Fazenda no Pontal do Paranapanema é ocupada por 600 camponeses
Por José Coutinho Júnior
Da Página do MST
Como parte da Jornada de lutas, 600 integrantes do MST ocuparam no último domingo (14) a fazenda São Domingos, em Sandovalina, na região do Pontal do Paranapanema. A fazenda, que tem 1500 hectares de terras devolutas, é atualmente dominada pelo plantio da cana.
Por José Coutinho Júnior
Da Página do MST
Como parte da Jornada de lutas, 600 integrantes do MST ocuparam no último domingo (14) a fazenda São Domingos, em Sandovalina, na região do Pontal do Paranapanema. A fazenda, que tem 1500 hectares de terras devolutas, é atualmente dominada pelo plantio da cana.
A fazenda São Domingos é foco de disputa desde 1995. Segundo Marisa de Fátima da Luz, integrante da Coordenação Nacional do MST, “a área é simbólica para o Movimento, pois foi palco de várias ocupações ao longo dos anos, e também palco de violência por parte dos latifundiários (em 1997, sete Sem Terras foram mortos na região). Além disso, é um símbolo de resistência da luta pela reforma agrária, pois antes da investida da cana que vemos na área hoje, tínhamos lutado contra a pecuária extensiva”.
A região do Pontal do Paranapanema, tradicionalmente dominada pelo latifúndio de pecuária extensiva, transforma-se gradualmente numa região na qual predomina o plantio de cana-de-açúcar, devido à existência de diversas usinas canavieiras na área.
As terras do Pontal foram recentemente demarcadas pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. De acordo com Delweck Matheus, coordenador estadual do MST, “acompanhamos a discussão da regulamentação, e vemos o processo como um recuo da reforma agrária. Essa regulamentação é uma forma de regularizar a grilagem histórica da região, pois vai dar as terras do Estado aos grileiros que já as detém. Por isso, temos que continuar lutando por essas terras”.