Movimentos sociais realizarão novo ato exigindo democracia no Paraguai

 

Da Página do MST

 

Da Página do MST

As mobilizações contra o golpe no Paraguai, que destituiu o presidente Fernando Lugo, continuam não só no Paraguai, como em outros países. Neste domingo (22), após um mês da realização do golpe, ocorre mais um ato em de protesto ao impeachment em São Paulo, organizado por diversos movimentos sociais do Brasil e da América Latina. 

Segundo João Pedro Stédile, dirigente do MST, em entrevista ao jornal ABCD Maior, “Todas as forças progressistas e democráticas do Brasil devem se preocupar com o que aconteceu no Paraguai. Uma armação da direita mais reacionária possível, que contou com os serviços de inteligência dos Estados Unidos. Nos últimos quatro anos, os Estados Unidos trabalham sistematicamente para colocar barreiras ao avanço dos governos progressistas na América Latina”. O Ato irá ocorrer na Praça Nicolau Morais Barros, Rua do Bosque, na Barra Funda, a partir das 14 horas. Leia abaixo a convocatória:

 

Ato político-cultural pela democracia no Paraguai!

 

No dia 21 de junho o Congresso de Deputados do Paraguai, formado por sojeros, empresários e mafiosos dos tradicionais partidos políticos, iniciou o processo de Juicio Político contra o presidente democraticamente eleito Fernando Lugo.

O “JUICIO POLÍTICO” não seguiu nenhuma das regras de um processo  democrático, se constituindo claramente em um golpe de Estado. Os deputados e senadores não apresentaram nenhuma prova para as suas acusações e o presidente democraticamente eleito pelo povo paraguaio teve APENAS 18 HORAS PARA APRESENTAR SUA DEFESA.

 

 
O golpe foi liderado pelos políticos do Partido Liberal, Partido Colorado, PPQ e UNACE, em uma tentativa de anular todas as conquistas que o governo Lugo garantiu aos mais pobres, como a construção de novas estradas, melhoria dos portos, programa de habitação popular, programa Teko Porã, voto dos paraguaios no exterior, renegociação de Itaipú com o Brasil, entre outros. Os golpistas pretendem também com o Golpe controlar e manipular as eleições que serão realizadas em abril de 2013, pois sem Lugo na presidência, podem livremente usar o dinheiro público para contratar planilheiros que vão fazer a velha e arcaica campanha política para os seus candidatos, onde a compra de votos e troca de favores são de costume.
 
A comunidade internacional repudiou o Golpe e não reconheceu o presidente golpista. Como consequência imediata o MERCOSUL suspendeu politicamente a participação do Paraguai. Outros órgãos de cooperação da América Latina estão caminhando na mesma decisão, o que trará enormes prejuízos para o povo paraguaio.
 
No Paraguai, o povo  vem resistindo ao GOLPE se manifestando todos os dias. Apesar da imprensa (ABC, Ultima Hora, Canal 9) não mostrar a mobilização do povo, há grandes atos de protesto em Villa Rica, Caaguazú, Cidade de Leste, Encarnación, Concepción e principalmente em Assunção. Assim também, os paraguaios residentes no exterior já organizaram grandes protestos em cidades como Buenos Aires, Montevidéu, Madrid, Paris, Rio de Janeiro. São Paulo também já organizou a resistência em frente ao Consulado e na avenida Paulista.
 
Para marcar a data do Golpe, que já cumpre um mês,  diversos paraguaios e paraguaias, com a solidariedade de organizações brasileiras ( movimentos sociais, partidos políticos, sindicatos) estão convocando um ato político-cultural para domingo, dia 22 de julho, a partir das 14 horas na Praça dos Paraguaios – Praça Nicolau Morais de  Barros,  Rua do Bosque, s/nº ( esq/ com Rua dos Americanos) – Barra Funda,  com a apresentação de diversas bandas que expressam a cultura latino-americana; para expor seu rechaço ao golpe de Estado no Paraguai e pedindo a volta da democracia no país.
 
Local: Praça Nicolau Morais Barros, Rua do Bosque, na Barra Funda, 


Data/Hora: domingo, 22 de julho, a partir das 14 horas