Assentados realizam primeira feira de artesanato em Goiás
Por Iris Pacheco
Da Página do MST
De 07 a 09 de setembro, assentados e assentadas da região de Flores de Goiás e Vila Boa realizam a I Feira de Artesanato da Reforma Agrária.O evento organizado em conjunto com a Cooperar, começa a partir 7 horas da manhã, na avenida BR 020, município de Vila Boa.
Por Iris Pacheco
Da Página do MST
De 07 a 09 de setembro, assentados e assentadas da região de Flores de Goiás e Vila Boa realizam a I Feira de Artesanato da Reforma Agrária.O evento organizado em conjunto com a Cooperar, começa a partir 7 horas da manhã, na avenida BR 020, município de Vila Boa.
De acordo Fábio Ramos, coordenador da Cooperar no Distrito Federal e entorno, “a realização do evento parte da necessidade de organizar alternativas de comercialização dos produtos oriundos dos assentamentos da reforma agrária no nordeste goiano”, ressalta.
Serão comercializados produtos artesanais, como peças trabalhadas em crochê e bordado. Também estarão à venda produtos agroindustrializados, como compotas, queijos e cachaças. Além de comidas típicas da região, como galinhada e arroz com piqui. Todos produtos são demonstrativos da diversidade produtiva contida nos assentamentos.
Na programação está prevista a realização de oficinas, como a confecção de boneca de palha de milho e bijuterias artesanais, apresentações culturais, com capoeira e quadrilha moderna, e apresentações diversas no palco livre e cinema com temas voltados para a reforma agrária.
Os respectivos municípios onde a feira se realiza fazem parte da região Nordeste Goiano. Formada por 27 municípios, esta é considerada a região mais pobre do estado de Goiás. Ela possui dois eixos de desenvolvimento, um voltado para o potencial turístico, que é a Chapada dos Veadeiros, e outro voltado para a agropecuária, que é o Vão do Paranã. No entanto, ainda há um grande potencial a ser desenvolvido na região: a agricultura familiar.
Dos 27 municípios, 21 deles tem um total de 80 assentamentos, com um total de 7.304 famílias assentadas. Porém, a ausência de políticas públicas para estimular o desenvolvimento da agricultura familiar é nítido quando se refere ao processo de escoamento da produção e comercialização dos produtos alimentícios e artesanais. Assim, a diversificação da produção agrícola se apresenta como alternativa de sobrevivência para o pequeno produtor.