Sem Terra ocupam Conab e BNB para denunciar os impactos da seca em PE


Da Página do MST

Trabalhadores rurais do MST realizam, nesta segunda-feira (12), uma série de mobilizações em todo o estado de Pernambuco para denunciar os impactos da seca em assentamentos e comunidades rurais do semi-árido, e exigir políticas concretas e eficientes de combate aos efeitos da seca no estado.

Desde o início da manhã, mais de mil agricultores ocupam as sedes da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) na capital Recife e no município de Arcoverde e as sedes do Banco do Nordeste (BNB), nos municípios de Petrolina e Garanhuns.

Da Página do MST

Trabalhadores rurais do MST realizam, nesta segunda-feira (12), uma série de mobilizações em todo o estado de Pernambuco para denunciar os impactos da seca em assentamentos e comunidades rurais do semi-árido, e exigir políticas concretas e eficientes de combate aos efeitos da seca no estado.

Desde o início da manhã, mais de mil agricultores ocupam as sedes da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) na capital Recife e no município de Arcoverde e as sedes do Banco do Nordeste (BNB), nos municípios de Petrolina e Garanhuns.

As ações visam cobrar soluções do governo e exigir que se pense em medidas emergenciais, como a distribuição de cestas básicas aos acampamentos. “Desde maio que as famílias acampadas não recebem cesta básica da CONAB”, afirma Jaime Amorim, da direção estadual do MST.

A outra questão principal trazida pelos agricultores é a extrema burocracia exigida para a obtenção do crédito estiagem, o que dificulta o acesso por grande parte das famílias.

“Se a proposta é ter um crédito emergencial, que possa salvar pelo menos parte das lavouras e da pecuária para evitar maiores danos aos agricultores, ele tem que ser de acesso rápido e fácil. Do jeito que ele está estruturado, os agricultores que conseguirem acessar, quando o crédito chegar já não terá mais nada para ser salvo”, diz Jaime Amorim.

Além dessas duas questões emergenciais, os agricultores exigem medidas estruturais, como um investimento maior em infraestrutura para resolver o problema das secas. “O crédito tem que contar também com propostas de investimentos estruturadores, para além do custeio emergencial”, continua Amorim.

Pior seca dos últimos 40 anos

Segundo o Comitê Integrado de Convivência com o Semiárido, grupo formado por 13 secretarias do governo do estado, essa é a pior seca dos últimos 40 anos. Em audiência na Assembleia Legislativa no último dia 5, o Comitê informou que 122 municípios decretaram situação de emergência em Pernambuco e aproximadamente 1,2 milhão de pessoas já são atingidas pela estiagem.

Os impactos da seca são sentidos principalmente pela população da zona rural. A Secretaria de Agricultura do Estado prevê uma redução de quase 15% no rebanho pernambucano em consequência da seca.