Sem Terra ocupam Banco do Nordeste em Sergipe e obtêm conquistas
Da Página do MST
Nesta terça-feira (27), 1500 integrantes do MST ocuparam agências do Banco do Nordeste nos municípios de Nossa Senhora da Glória, Gararú, Tobias Barreto, Estância e Carira, em Sergipe.
Da Página do MST
Nesta terça-feira (27), 1500 integrantes do MST ocuparam agências do Banco do Nordeste nos municípios de Nossa Senhora da Glória, Gararú, Tobias Barreto, Estância e Carira, em Sergipe.
Os trabalhadores rurais protestavam contra a demora do banco para liberar as linhas de crédito já disponibilizadas pelo governo federal para a luta contra a seca. Segundo José Augusto dos Santos Nazaré, dirigente do MST em Sergipe, “o banco pediu projetos para liberar os créditos. Os assentandos entregaram os projetos, realizados com os técnicos, mas o banco não liberou o dinheiro até agora. E os animais estão morrendo de fome.”
Situação crítica
Para os assentados, a situação é critica: há dois anos que não está chovendo na região do Alto Sertão sergipano. Segundo José da Silva, agricultor do assentamento Bom Jardim, no município de Monte Alegre, “o nosso gado está se acabando de fome.
Depois de ter entregue o projeto o gerente do banco nos disse que não iamos receber
nada. Agora, o preço da ração aumentou, e não consigo comprar alimentação para meus animais”.
Além da liberação dos créditos, os manifestantes exigiam a renegociação das dívidas para os assentados e a possibilidade de entregar novos projetos ao banco.
A mobilização trouxe conquistas
Para os Sem Terra, o resultado da mobilização foi positivo. Depois de quatro horas de ocupação, a superintendência do Banco do Nordeste se comprometeu a liberar os créditos para todos os projetos protocolados nas agências do Banco em Sergipe, em um prazo de 10 dias, e aceitou de renegociar as dívidas dos assentados.
A manifestação foi encerrado depois do anúncio desta vitória. Como resssaltou Manuel Antonio de Oliveira Neto, da direção estadual do MST, “os créditos vão amenizar o sofrimento dos assentados atingidos pela seca. Uma vez mais, comprovamos que a mobilização é a única forma de ter conquistas para os trabalhadores rurais,” salientou.
A ocupação dos bancos em Sergipe fez parte de uma jornada nacional de mobilização do MST, que contou com mobilizações em todos os Estados da região Nordeste do país, cobrando uma maior agilidade na liberação dos créditos para os pequenos agricultores atingindos pela seca.