Feira da Reforma Agrária no Rio mostra alternativa ao agronegócio


Por Vívian Viríssimo
Da Página do MST

Em defesa da Agricultura Camponesa, o MST realizou a Feira Estadual da Reforma Agrária no Largo da Carioca, centro do Rio. Priorizando a produção de alimentos sadios e de qualidade, a Feira é um contraponto ao modelo hegemônico voltado para a monocultura, produção para exportação, superexpoloração do trabalho e degradação e poluição ambiental.


Por Vívian Viríssimo
Da Página do MST

Em defesa da Agricultura Camponesa, o MST realizou a Feira Estadual da Reforma Agrária no Largo da Carioca, centro do Rio. Priorizando a produção de alimentos sadios e de qualidade, a Feira é um contraponto ao modelo hegemônico voltado para a monocultura, produção para exportação, superexpoloração do trabalho e degradação e poluição ambiental.

“Estamos realizando uma mostra de produtos da Reforma Agrária justamente para apresentar uma alternativa contra essa situação que prejudica o meio ambiente. Este é um evento em defesa da agricultura camponesa, já que a produção com utilização de técnicas de agroecologia garantem, ao mesmo tempo, o equilíbrio com a natureza e o aumento da produtividade”, defendeu Nivia Silva, dirigente estadual do MST.

Para o agricultor Daniel Vieira Jr., do assentamento Terra Prometida de Nova Iguaçu, a feira foi um troca de experiência importante com a sociedade para divulgar os produtos e a experiência da agroecologia. “A feira mostra para a sociedade que a agricultura camponesa é muito mais importante que o agronegócio. Ela é um contraponto às grandes empresas que matam, poluem e trazem prejuízos. O povo sem terra está firme lutando por isso e estamos no rumo certo”, disse Daniel Vieira Jr.

Nos dois dias de feira, o assentado comercializou mandioca, batata doce, maxixe, quiabo e jaca produzidos sem agrotóxicos. “Nossa produção tem zero de veneno, é tudo agroecológico. Com isso, rompemos com a lógica de alimentação de produtos com uso abusivo de agrotóxico. Infelizmente, quem mais come alimentos contaminados é a classe pobre. Não concordamos com isso, pois o povo trabalhador merece respeito e merece comer um alimento saudável”, acrescentou.

A feira é construída com o apoio de organizações que acreditam que a Reforma Agrária está ligada diretamente na solução de problemas históricos das cidades, e a Feira Estadual da Reforma Agrária é mais um elemento no fortalecimento da relação campo e cidade.

Este ano a feira deu um salto de qualidade em relação às outras duas edições da mostra. No total, foram comercializadas 15 toneladas de alimentos produzidos por assentamentos localizados em todas as regiões do Estado.

O primeiro dia de feira (10/12) contou com um ato pelo direito humano à alimentação saudável e intervenções lúdicas da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida. O deputado federal Marcelo Freixo, do PSOL, esteve presente neste dia, que ainda contou com um show de forró da banda Caramuela. A feira terminou no dia 11, com o Encontro das Amigas e Amigos do MST.