Sem Terra serão assentados depois de 11 anos de luta no DF
Por Íris Pacheco
Da Página do MST
As famílias do pré-assentamento Oziel Alves III, que estão acampadas desde 2001, serão assentadas em uma área de mil hectares às margens da BR 020.
O governo do Distrito Federal assinou a portaria de criação do assentamento, no dia 21 de dezembro, em cerimônia no Palácio dos Buritis.
A conquista da terra perpassa por um processo longo de lutas intensas.
Por Íris Pacheco
Da Página do MST
As famílias do pré-assentamento Oziel Alves III, que estão acampadas desde 2001, serão assentadas em uma área de mil hectares às margens da BR 020.
O governo do Distrito Federal assinou a portaria de criação do assentamento, no dia 21 de dezembro, em cerimônia no Palácio dos Buritis.
A conquista da terra perpassa por um processo longo de lutas intensas.
Para o militante do MST e assentado no Oziel Alves III Janderson Barros, esse é um momento emocionante para o MST e para as famílias que vivem no assentamento.
“Esse é um momento onde se concretiza a conquista da terra. Conquista que vem a partir da luta. Um processo de cerca de 11 anos que vivemos nessa área, plantando, trabalhando, organizando as famílias”, afirma.
Para o governador Agnelo Queiroz, essa assinatura é muito importante pois é resultante de “um denso processo de gestão da secretaria de governo junto aos órgãos fundiários e ambientais do GDF”.
“Nos próximos dias será publicada a licença prévia do pré-assentamento Oziel Alves III. A área já foi doada ao Incra e foram preenchidos todos os requisitos para que o órgão publique a portaria com a criação do projeto de assentamento, possibilitando também iniciar as famílias com os políticas de fomento, crédito, habitação rural já no início de 2013”, disse o governador.
Segundo Maria Lucimar da Silva, dirigente do MST, esses 11 anos de espera foram marcados com luta permanente. “Hoje é um momento festivo que só aconteceu diante da luta e do enfrentamento intenso dos trabalhadores. Se não fosse por isso, hoje não estaria acontecendo a assinatura da portaria. Por isso que diante do que foi prometido pelo governo, nós só acreditamos que é verídico após a prática efetiva”, avalia.
Durante o ato, Agnelo Queiróz assinou também decreto de criação do conselho de política de assentamento que estava previsto na lei distrital desde 1997.