Mulheres do MST fecham portões da empresa Rigesa em Santa Catarina
Por Fábio Reis
Da Página do MST
Cerca de 300 mulheres do MST realizam mobilização em Calmon (SC). Elas trancaram os portões da Rigesa, impedindo o trânsito dos caminhões da empresa, realizando um debate com a sociedade e os trabalhadores da região que passam pela SC 302.
Organizadas desde quinta-feira (07/3), debatem questões relacionadas à violência contra mulher e o avanço do capital no meio rural. Na manhã desta sexta-feira (08/3), saíram em marcha rumo à empresa Rigesa S/A, líder global em produção de embalagens, produtos para escritórios, químicos especiais e papel.
A Rigesa, subsidiária da MeadWestvaco, empresa Norte Americana, sucessora da Lumber (responsável pela expulsão e assassinato de milhares de caboclos na Guerra do Contestado), está instalada no Brasil há 70 anos, com filiais localizadas em Manaus, Salvador, Fortaleza, São Paulo e Santa Catarina.
A região de Santa Catarina em que a empresa está instalada tem o mais baixo índice de renda per capta, uma média de R$ 114,97 por habitante. Nessa região ainda se pratica o mesmo modelo de extração de madeira que existe desde o período da Guerra do Contestado e além de causar desmatamento, expulsa milhares de camponeses de suas terras.