MST cobra Reforma Agrária em audiência na Câmara dos Deputados

Por Marcelo Matos
Da Página do MST



Nesta terça feira (26), o Acampamento permanente Hugo Chávez participou de um ato em defesa dos direitos humanos na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Por Marcelo Matos
Da Página do MST

Nesta terça feira (26), o Acampamento permanente Hugo Chávez participou de um ato em defesa dos direitos humanos na Câmara dos Deputados, em Brasília.

A mesa, composta por militantes do MST, cobrou a atuação do parlamento na execução da reforma agrária no Brasil. “O modelo do agronegócio avança cada vez mais. Enquanto isso, temos mais de 150 mil famílias acampadas em fazendas e em beiras de rodovias esperando serem assentadas”, disse Amanda Mateus, integrante da coordenação nacional do MST.

A audiência se estendeu à sala do presidente da Câmara, Henrique Eduardo (PMDB/RN), após caminhada pelos corredores da casa legislativa.

Os acampados defenderam o direito à terra e a denúncia dos crimes cometidos pelo latifúndio contra os trabalhadores e trabalhadoras rurais sem terra.

“O acampamento Hugo Chávez está em Brasília para alertar o Estado brasileiro para a urgência da democratização da terra”, pontuou Antônio Pereira, também da coordenação do MST.

Segundo o deputado federal Padre Ton (PT-RO), o governo federal precisa dar uma solução rápida às mais 150 mil famílias acampadas no país.  “O direito a terra, a água e a Reforma Agrária são fundamentais para os camponeses”, afirmou.

A deputada Janete Pietá (PT-SP), por sua vez, defendeu que “todas as famílias acampadas têm direito a terra. E os já assentados direito a assistência do governo”.

O conjunto dos acampados ainda denunciou aos deputados o uso de bombas de gás lacrimogêneo pela polícia do DF, contra os trabalhadores rurais.

“São de duas a três bombas sendo atiradas por dia, sob a justificativa de treinamento policial. Mas essas bombas estão levando trabalhadores a terem crises respiratórias constantes, prejudicando os trabalhos do próprio Incra, que fica ao lado do acampamento”, disse Antônio Pereira.

Fora, Feliciano!

O MST ainda cobrou a saída do atual presidente da comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano (PSC-SP). “O MST entende que ele representa os interesses da elite deste País, além de ser racista e preconceituoso. Suas posições desonram o legislativo” ressaltou Antonio Pereira.

O deputado Marcon (PT-RS), destacou que a questão não é religiosa. “Aqui não há disputa de religião. Ou de quem é mais ou menos cristão. A disputa aqui se dá entre os que defendem as minorias e aqueles que as desprezam”, afirmou. Já a deputada Erika Kokay (PT-DF), disse que a comissão “precisa ser retomada para a população”, e que essa luta transborda os limites do próprio colegiado “porque diz respeito à própria condição humana de igualdade e justiça”.

Para o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), no Brasil, é constante o desrespeito aos direitos humanos. “A Câmara dos Deputados está omissa ao que vem ocorrendo na comissão dos Direitos Humanos com Marco Feliciano à frente. É necessário que ele renuncie para o bem do povo brasileiro”, comentou.

Também participaram da audiência os deputados Nilmário Miranda (PT-MG), Cláudio Puty (PT-PA), Bohn Gass (PT-RS), Fernando Ferro (PT-PE), Pedro Uczai (PT-SC), Jean Wyllys (PSOL-RJ), dentre outros.

(Com informações do site PT na Câmara)