MST ocupa latifúndio abandonado no Ceará por Reforma Agrária
Por Aline Oliveira
Cerca de 50 famílias ligadas ao MST ocuparam a fazenda Jardim, que fica localizada no município de Santa Quitéria, no dia 24 de março.
A fazenda Jardim é considerada uma das melhores terras cearenses, segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
No entanto, encontra-se atualmente totalmente abandonada, sem cumprir a função social. De acordo com informações de moradores da região, os trabalhadores da fazenda vivem em um regime de semi- escravidão.denuncia os agricultores.
Por Aline Oliveira
Cerca de 50 famílias ligadas ao MST ocuparam a fazenda Jardim, que fica localizada no município de Santa Quitéria, no dia 24 de março.
A fazenda Jardim é considerada uma das melhores terras cearenses, segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
No entanto, encontra-se atualmente totalmente abandonada, sem cumprir a função social. De acordo com informações de moradores da região, os trabalhadores da fazenda vivem em um regime de semi- escravidão.denuncia os agricultores.
A luta dos trabalhadores para permanecer na terra vem desde 1986, quando a proprietária Beatriz Machado despejou os moradores, alguns de forma violenta
Houve derrubada de casas, destruição de cercas e ameaças caso houvesse resistência. Apesar disso, a luta continuou.
No ano de 2000, famílias organizadas pelo MST ocuparam pela primeira vez a área, mais houve reintegração de posse.
A vistoria foi favorável à proprietária, dando a área como produtiva, porque a proprietária colocou na fazenda rebanhos de animais de outros proprietários vizinhos, para configurar a área como produtiva.
Agricultores da região fizeram a denúncia da manipulação. Desde então, muitas famílias que viviam na fazenda e tiveram que sair despejados recomeçaram a luta.
Os trabalhadores e trabalhadoras que têm suas raízes nessa terra prometem seguir organizados e lutando até que a terra seja repassada a fins de Reforma Agrária
A coordenação do MST no Ceará afirma que mais fazendas serão ocupadas para denunciar o abandono da Reforma Agrária pelo governo federal, que há quatro anos não desapropria um palmo de terra no Estado.