Organizações sociais fazem ato contra a Syngenta no dia do trabalhador, no Ceará
Por Tiago Pereira
Da Página do MST
Diversas organizações e movimentos sociais que integram a Organização Popular (OPA), fizeram um ato contra a multinacional Syngenta, em Aracati, no Ceará (150 km de Fortaleza), entre os dias 30 de abril e 1° de maio.
A mobilização serviu para contrapor um evento organizado todo ano pela Syngenta na cidade, chamada de olimpíadas do trabalhador. A atividade que envolve o Dia do Trabalhador é organizado pela prefeitura e conta com patrocínio da empresa produtora de transgênicos e de agrotóxicos.
Por Tiago Pereira
Da Página do MST
Diversas organizações e movimentos sociais que integram a Organização Popular (OPA), fizeram um ato contra a multinacional Syngenta, em Aracati, no Ceará (150 km de Fortaleza), entre os dias 30 de abril e 1° de maio.
A mobilização serviu para contrapor um evento organizado todo ano pela Syngenta na cidade, chamada de olimpíadas do trabalhador. A atividade que envolve o Dia do Trabalhador é organizado pela prefeitura e conta com patrocínio da empresa produtora de transgênicos e de agrotóxicos.
O dia 1º foi marcado com uma missa matinal, realizada na Igreja dos Prazeres, que contou com a participação de trabalhadores e trabalhadoras das comunidades rurais e urbanas, assentamentos de Reforma Agrária, movimentos e organizações populares.
O ponto central de toda a celebração foi a denúncia contra o assassinato e mutilações de trabalhadores e trabalhadoras da Via Campesina promovido pela Syngenta em 2007, no Paraná. Também se enfatizou os danos e perigos trazidos com o uso dos organismos geneticamente modificados (OGMs).
Após a cerimônia, houve panfletagem e batucada junto aos participantes do ciclismo e no local de encerramento das olimpíadas. A atividade já vinha sendo desenvolvida há alguns dias, com uma marcha pelo centro da cidade, na terça-feira (31), que contou com panfletagem e carro de som para pautar o tema.
Semanas antes, também houve uma formação sobre os efeitos dos agrotóxicos e alimentos transgênicos nas escolas e comunidades, desenvolvidas pelos militantes das organizações.
Segundo Cleomar, militante da OPA, da comunidade Cumbe, “é sempre bom fazer esses momentos para divulgar como essas empresas funcionam na verdade, já que quando elas chegam, só divulgam coisas boas, coisas que de fato nunca farão. E sem informações, as pessoas acabam acreditando nelas.”
A multinacional Syngenta Seeds é de origem suíça e integra o oligopólio da produção de agrotóxicos e sementes transgênicas do mundo. O Brasil tem a segunda maior área cultivada com OGMs e é também o maior consumidor do planeta do veneno utilizado na agricultura. Aqui em Aracati, seu laboratório localiza-se na comunidade Cajazeiras, divisa com o Rio Grande do Norte.