Movimentos sociais da América Latina participam de assembleia da Alba em SP

Da Página do MST

 

Um momento significativo para as lutas populares começou nesta quinta-feira (16/5) com a abertura da 1ª Assembléia de Articulação dos Movimentos Sociais para a Aliança Bolivariana das Américas (Alba), que reúne mais de 150 delegados de 22 países, na Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento dos Sem Terra (MST), em Guararema, em São Paulo.

Da Página do MST

 

Um momento significativo para as lutas populares começou nesta quinta-feira (16/5) com a abertura da 1ª Assembléia de Articulação dos Movimentos Sociais para a Aliança Bolivariana das Américas (Alba), que reúne mais de 150 delegados de 22 países, na Escola Nacional Florestan Fernandes, do Movimento dos Sem Terra (MST), em Guararema, em São Paulo.

A plenária, que foi batizada com o nome do comandante Hugo Chávez, termina na segunda-feira. Na abertura, João Pedro Stedile, da Direção Nacional do MST, apresentou as linhas gerais do projeto de integração defendido pela Alba.

Stedile percorreu três períodos, começando pelo primeiro entre 90 a 98. “Foi um momento de resistência. Paramos o avanço do neoliberalismo e do Império, construímos redes de articulação, organizações e fóruns continentais, que culminou com a vitória esmagadora de Chávez”, disse.

Depois, houve um período de debates e a criação do Fórum Social Mundial, onde foi construída a Assembleia dos Movimentos Sociais. “Ficamos satisfeitos com a grande aliança antineoliberal que estava sendo criada. Havia vitórias eleitorais e depois foram criados diversos instrumentos continentais”, disse, citando a Alba, Petrocaribe, Unasul, além da reorientação do Mercosul nos anos 2000.

“No entanto, tivemos que construir uma proposta de integração independente dos governos, mas com o mesmo projeto político de transformação das estruturas da sociedade capitalista”, afirmou João Pedro, que participou das articulações entre 2007 e 2010, que incluiu reuniões com Chávez, para traçar o futuro desse processo.

Naquele momento, a proposta ainda era de criação de um conselho de movimentos sociais da Alba, reduzido às nações signatárias. No entanto, a experiência popular de organização continental impõs a participação dos diferentes movimentos de toda a região. “Marcou a necessidade de mover-se sobre a nossa própria realidade e ter um espaço de autonomia, com o estatuto moral para criticar e apoiar os governos, se necessário. A tarefa de administrar um Estado não é apenas dos partidos “, disse o líder do MST.

A partir dessa perspectiva, foram realizados na ENFF seminários conjuntos, que alimentaram o projeto de integração popular, que representou avanços ao longo dos anos com a formação de políticas em solidariedade ativa com Honduras, Haiti, Colômbia e Paraguai, a organização de brigadas internacionais, a criação de meios de comunicação como Albatv, Telesur, Aler, as experiências produtivas autogestionárias, a participação de feministas, estudantes, trabalhadores, camponeses e indígenas.

A assembleia pretende continuar o debate sobre o sentido da integração popular da América Latina, a organização e mobilização nas ruas e o estudo da luta de classes no contexto atual, que serão debatidos nesses cinco dias.