Assembleia da ALBA define eixos para integração dos movimentos sociais
Pela Equipe de Comunicação da ALBA
Da Página do MST
A Articulação dos Movimentos Sociais da Aliança Bolivariana das Américas (ALBA) visualiza dar um passo de avanço na integração dos setores populares da América Latina.
Os movimentos que constroem campanhas e iniciativas emancipatórias, antineoliberais e contra o patriarcado discutem na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em São Paulo, as formas de concretização de um projeto de articulação continental.
Pela Equipe de Comunicação da ALBA
Da Página do MST
A Articulação dos Movimentos Sociais da Aliança Bolivariana das Américas (ALBA) visualiza dar um passo de avanço na integração dos setores populares da América Latina.
Os movimentos que constroem campanhas e iniciativas emancipatórias, antineoliberais e contra o patriarcado discutem na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em São Paulo, as formas de concretização de um projeto de articulação continental.
As temáticas discutidas são: modelo de produção, reprodução e consumo, Estado e Poder, Integração e Soberania, Culturas e Ideologias. Os debates mostraram a visão compartida entre os mais de 150 participantes de 22 países sobre a necessidade dos povos e as alternativas que podem emergir de uma proposta integracionista dos movimentos de ampla base social.
Dessa forma, para consolidar os processos que estão ocorrendo em vários países, levantou-se a importância de seguir construindo lutas integradas, onde o social e político se complementem para desenvolver ações conjuntas com o Estado e partidos, para radicalizar mudanças com pressão popular a determinados governos.
Para realizar a integração popular, é preciso que haja meios de comunicação alternativa engajadas, a formação política dos militantes e a solidariedade entre os povos.
Nesse sentido, houve propostas como as brigadas internacionalistas e as campanhas em distintas plataformas para articular um apoio à revolução bolivariana na Venezuela, o processo de paz na Colômbia, a resposta popular em Honduras ao golpe de Estado, a soberania do Haiti, a luta pelas Malvinas na Argentina, contra o bloqueio e pela liberação dos cinco cubanos prisioneiros nos Estados Unidos, além de outras demandas de significação continental.
Os movimentos situaram a ALBA dentro dos mecanismos de integração como um projeto estratégico de unidade, do qual tomam os princípios de solidariedade, complementaridade, cooperação, soberania alimentar, energética e tecnológica.
Outros ponto importante para a construção da articulação foi o reconhecimento da equidade entre homens e mulheres, assim como a luta feminista pela valorização do trabalho doméstico, a educação popular, a socialização dos saberes dos povos, a defesa da memória e identidade cultural da região, além da convivência harmoniosa com a natureza.
Ao comentar essa intervenções, o sociólogo François Houtart e o analista paraguaio Gustavo Codas fizeram coro as possibilidades de uma unidade entre as lutas que existem hoje na sociedade.
Não se omitiu a complexidade da conjuntura pela existência de outros processos chamados integracionistas como o Arco do Pacífico, que une Chile, Peru, Colômbia e México. “Um potencial oposto ao que buscamos aqui”, lamentou Codas.
Para Houtart, as propostas dos movimentos sociais dão conta de uma intenção de atuar em meio das grandes contradições deste século e se transformar num passo a mais na conformação desse modelo do bem viver frente à mercantilização da vida.