MST se mobiliza na BA pela Reforma Agrária em dia de luta

Da Página do MST

Nesta quinta-feira (11/07), o MST na Bahia mobilizou cerca de 15.900 trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra das nove regiões da Bahia, tendo como objetivo central destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional, entre elas a Reforma Agrária, impulsionando também as reivindicações que veio das ruas nas manifestações realizadas em todo o país nos últimos dias.

Além destas questões mais gerais, o MST retoma a pauta de reivindicação entregue em abril deste ano aos órgãos Estaduais e Nacionais competentes, tendo em vista alguns pontos que são essenciais para o avanço da Reforma Agrária na Bahia.

Principais pontos de pauta

Neste ano de 2013 o MST na Bahia pautou diversos pontos específicos para o avanço da luta agrária. Entretanto, até o momento nada andou. Diante dessa situação os Trabalhadores Sem Terra se mobilizaram afim cobrar agilidade nos seguintes pontos: 

Primeiro, a obtenção de terra, tendo como ponto de partida a desapropriação e a apresentação de um cronograma das áreas que já estão em processo de desapropriação, pois na Bahia já faz 2 anos que não é desapropriada nenhuma área; 

Segundo, a realização de demandas emergenciais relacionadas a seca no semi árido baiano; 

Terceiro, o desenvolvimento dos Assentamentos, visando a liberação de crédito para a produção, a demarcação dos lotes, chamada pública para a assistência técnica e outras demandas;

O Movimento no estado denuncia e exige também a punição dos mandantes e executores do assassinato do Militante Fábio Santos Silva que foi executado com 15 tiros no dia 02 de abril em Iguaí, região sudoeste da Bahia.

Ações em 11 de julho na Bahia

Os trabalhadores rurais se mobilizaram no estado fechando pontos da BR 101 na altura dos seguintes municípios: Tavessão, Eunápolis, Itabela, Itamarajú, Mucuri e no entroncamento de Arataca, região do Baixo Sul, Extremo Sul e Sul da Bahia; na BR 324 no município de Feira de Santana; na 116 próximo a Ibó, localizado no Nordeste baiano; e na 242, entre os município de Luíz Eduardo e Barreiras; nessa ação participaram cerca 10.500 pessoas.

Além das mobilizações nas BRs, trabalhadores fecharam a linha férrea no município de Queimadas, nordeste baiano e em Marcionilio na Chapada Diamentina, participando cerca de 1.500 trabalhadores por tempo indeterminado.

Esta ação reivindica os pontos da pauta geral já citada e traz o debate da mineração, denunciando os diversos impactos que essas empresas multinacionais provocam na sociedade, ao meio ambiente e ao desenvolvimento da agricultura familiar nas regiões, impedindo assim a implementação da Reforma Agrária nas localidades.

Há também uma mobilização conjunta com outros movimentos sociais no centro de Vitória da Conquista, envolvendo cerca de 2.000 pessoas e manifestação na ponte interestadual que liga Juazeiro e Petrolina com mais 2.000 integrantes. Nesta ação os trabalhadores foram impedidos de atravessar por conta de uma liminar expedida pelo Juíz local.

O MST, em mais esse momento de luta, se solidariza com todos e todas as trabalhadoras/es no fortalecimentos das pautas para construção de uma sociedade socialmente justa para todos os cidadãos  brasileiros.