No dia do agricultor, Sem Terra realizam marcha por Reforma Agrária em SE

 

Por José Coutinho Júnior
Da Página do MST

 

Nesta quinta-feira (25/07), se comemora o dia do agricultor. Em Sergipe, o MST irá celebrar a data com uma marcha para exigir o cumprimento da Reforma Agrária e melhores condições de estruturas nos assentamentos. 

De acordo com Gislene dos Santos, da coordenação nacional do MST na região, “a data é importante para arrancar conquistas do governo e pautar a Reforma Agrária na sociedade”. Confira a entrevista de Gislene dos Santos à Página do MST sobre a marcha dos trabalhadores rurais:

 

Por José Coutinho Júnior
Da Página do MST

 

Nesta quinta-feira (25/07), se comemora o dia do agricultor. Em Sergipe, o MST irá celebrar a data com uma marcha para exigir o cumprimento da Reforma Agrária e melhores condições de estruturas nos assentamentos. 

De acordo com Gislene dos Santos, da coordenação nacional do MST na região, “a data é importante para arrancar conquistas do governo e pautar a Reforma Agrária na sociedade”. Confira a entrevista de Gislene dos Santos à Página do MST sobre a marcha dos trabalhadores rurais:

Por que realizar um dia de lutas no dia do agricultor?

Realizamos esta marcha de protesto há pelo menos dez anos aqui em Sergipe. Fazemos no dia do agricultor para mobilizar a nossa base, e temos uma pauta estadual em relação à Reforma Agrária para levar ao governo do estado. 

A passagem da marcha na capital tem como objetivo arrancar conquistas e levar o tema da Reforma Agrária e das dificuldades dos assentados à sociedade. 

Quantas pessoas irão participar?

Entre 15 a 20 mil militantes do MST vão participar. A marcha é do MST, mas convidamos representações de outros movimentos parceiros e aliados, como os movimentos urbanos, sindicatos e representações da sociedade para dar apoio.

Quais as pautas da marcha?

As principais pautas são a realização do convênio de terras e a liberação do perímetro de irrigação de Jacarecia II, que discutimos há mais de seis anos com o governo para que seja liberado.

Esse perímetro vai beneficiar em torno de 600 famílias de Sem Terra e pequenos agricultores. Já estamos lutando para que essas pautas sejam cumpridas: nesta terça (23/07) fizemos a ocupação da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos (Cohidro), para pressionar esses pontos.

Outro ponto é a desapropriação da fazenda Tingui, que tem 16 anos de acampamento. Em agosto deste ano vai se emitir um mandato de despejo para a área, que pode beneficiar 240 famílias caso seja desapropriada. A ocupação que fizemos na terça também foi para pressionar o governo para resolver a questão desta área. 

No mais, vamos exigir o cumprimento da Reforma Agrária, melhores condições estruturais para os assentamentos, como criação de casas, estradas e uma estrutura de captação de água para os assentados.

Quantos Sem Terra estão acampados em Sergipe? Quantos assentados o estado tem?

Temos cerca de 8 mil pessoas acampadas, e  12 mil famílias assentadas no estado. 

O nordeste sofre, desde 2012, uma forte seca. Quais foram as medidas tomadas para tentar resolver o problema?  Elas tiveram algum efeito positivo?

O governo tomou medida de disponibilizar crédito emergencial para quem se encontrava em situação grave por causa da seca. Foi uma medida que ajudou, mas não resolveu.

Nos últimos meses tivemos boas chuvas,que atenuaram o problema, mas não resolve. A solução que iremos defender na marcha para o problema da seca é a construção do Canal de Xingó, que tem como objetivo captar água do rio São Francisco em benefício de centenas de famílias camponesas.