Encontro paranaense reúne 1500 pessoas e discute Educação do Campo


Da Página do MST


Da Página do MST

Por volta de 1500 pessoas de diferentes regiões do estado do Paraná participaram do Encontro Estadual da Articulação Paranaense por Uma Educação do Campo.

A atividade aconteceu no Centro de Eventos Antônio Loures Alves, em Candói, entre os dias 22 a 24 de agosto, e faz parte das festividades do 23º aniversário do município.

Estiveram presentes representantes de entidades e movimentos sociais do campo, Universidades Estaduais e Federais e representantes do poder público. 

Na abertura o prefeito da cidade, Gelson Costa, fez a saudação e acolhida, além de participantes das organizações e Movimentos Sociais do campo.

“É muito mais caro para o poder público investir em políticas públicas urbanas do que no campo. A educação do campo é de fundamental importância para garantir a permanência do jovem no campo, com qualidade de vida”, ressaltou o prefeito.

De acordo com a professora da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Solange Todero Von Onçay, um dos objetivos do encontro foi congregar esforços para a construção coletiva de estratégias que visam a existência e qualificação de políticas públicas voltadas à educação do campo.

“Houve avanços significativos nas articulações, sobretudo no reconhecimento da existência dos sujeitos do campo em relação a sua cultura e identidade e suas demandas educacionais. No entanto, é necessário avançar, buscando garantir a materialidade necessária para a oferta e permanência dos sujeitos do campo nas escolas e universidades”, ressalta a professora.

Segundo Alex Verdério, um dos representantes da articulação paranaense por uma educação do campo, que já existe há 13 anos, esse encontro é fruto da luta pela educação do campo no estado.

“Trocamos experiências, fizemos nossas reivindicações e também dialogamos com o poder público. Tivemos um espaço no sábado com os governos federal e estadual para discutirmos a pauta”, salienta.

Para a professora Vanessa Reichenbach, da APP-Sindicato, a atividade também contribuiu para fortalecer a Articulação Paranaense por uma Educação do Campo e, assim, “consolidar a pauta de lutas frente aos desafios que ainda persistem para a garantia de uma educação pública e de qualidade voltada aos sujeitos do campo paranaense”.

Entre as programações, destacou-se a participação de Maria Izabel Grein (MST), Solange Teodoro Von Onçay e Willian Simões (UFFS), Valdir Duarte (ASSESOAR), Márcio Serenini (FETAEP), Roberto Souza Martins (IFPR), Clarice dos Santos (Incra), responsáveis por conduzirem mesas sobre a Educação do Campo no Estado do Paraná, Estado e Política pública para Educação do Campo, Agricultura Familiar e Camponesa no Contexto da luta de Classes, entre outras.

Já na parte das noites, apresentações artísticas sobre os indígenas, viola caipira, Teatro Saci Arte fizeram parte da programação. O grupo musical Banda Sac

i Arte, do MST, e o Grupo Mistura Popular, do MAB, também estiveram presentes.

No total, 22 organizações participaram do encontro, entre elas a Associação Regional das Casas Familiares do Sul do Brasil (Arcarfar Sul), Associação de Estudos Orientação e Assistência Rural (Assesoar), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado do Paraná, Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Sul do Brasil (FETRAF-SUL), o Movimentos Atingidos por Barragens (MAB), O Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA),  MST, Rede Puxirão dos Povos e Comunidades Tradicionais, representante dos povos indígenas, da Organização Quilombola e dirigentes da Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP- Sindicato).