Comunidades rurais são despejadas de forma irregular no Maranhão



Por Reynaldo Costa
Da Página do MST

Na manhã desta quarta-feira (13), duas comunidades rurais do Município de Alto Alegre do Maranhão, região central do estado, foram despejadas de maneira irregular.

As duas comunidades são alvos da expansão do agronegócio na região. Umas delas está localizada na área chamada Arame, regularizada em julho deste ano pelo Instituto de Terras do Maranhão (Iterma), ao garantir juridicamente a posse dos 330 hectares às famílias que há décadas vivem na área.

Por Reynaldo Costa
Da Página do MST

Na manhã desta quarta-feira (13), duas comunidades rurais do Município de Alto Alegre do Maranhão, região central do estado, foram despejadas de maneira irregular.

As duas comunidades são alvos da expansão do agronegócio na região. Umas delas está localizada na área chamada Arame, regularizada em julho deste ano pelo Instituto de Terras do Maranhão (Iterma), ao garantir juridicamente a posse dos 330 hectares às famílias que há décadas vivem na área.

A outra área de mil hectares é conhecida como Campo do Bandeira, e está na fase final de regularização pelo órgão estadual.

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Entretanto, os movimentos sociais denunciam que além do próprio consenso do Estado, o Poder Judiciário está autorizando despejos sem que haja nenhum esforço para conhecer a situação das áreas, favorecendo a grilagem.

O despejo de ambas, decretado pelo Juiz Marco Aurélio Barreto Marques, titular da Comarca de São Mateus, foi solicitado pela Companhia Cachucha Agropastoril, uma empresa do agronegócio de um grupo do Rio Grande do Norte.

A Empresa tem histórico do uso da violência na tentativa de expulsar as famílias de seus territórios. Um de seus proprietários é o ex- prefeito de Codó no Maranhão, Biné Figueiredo. Empresário, político e pecuarista, Figueiredo já foi flagrado com trabalho escravo numa de suas propriedades.

Entidades de direitos humanos se preocupam com a possibilidade de despejos em massa no estado, principalmente porque todos os olhares estão voltados para a situação de insegurança na capital, enquanto no interior o Secretario de Segurança do Estado, Aluísio Mendes, segue concedendo esses decretos.