Incra recebe representantes do MST para discutir Reforma Agrária no Paraná

 


Do Incra/PR


A Superintendência Regional do Incra no Paraná recebe, a partir desta segunda-feira (7), representantes do MST para uma rodada de negociação relacionada às ações de reforma agrária no estado. O calendário de reuniões acontece durante toda a semana no auditório do Incra, em Curitiba, com início às 8h.

 


Do Incra/PR

A Superintendência Regional do Incra no Paraná recebe, a partir desta segunda-feira (7), representantes do MST para uma rodada de negociação relacionada às ações de reforma agrária no estado. O calendário de reuniões acontece durante toda a semana no auditório do Incra, em Curitiba, com início às 8h.

Trata-se de um balanço das ações desenvolvidas pelo Incra em assentamentos e acampamentos do Paraná, especialmente no que se refere à assistência técnica, infraestrutura, incentivo à produção e obtenção de novas áreas para a reforma agrária. Durante cinco dias, gestores e técnicos do órgão atenderão as demandas e darão encaminhamento à pauta de reivindicações dos trabalhadores rurais.

“Esta rodada de reuniões tem como importância a participação popular na gestão do Incra e reflete o respeito da instituição aos movimentos sociais”, analisa Nilton Guedes, superintendente do Incra/PR que, na semana passada, recebeu a pauta da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag/Fetaep) em audiência na Assembleia Legislativa do Paraná.

Para Jean Carlos Pereira, coordenador do Setor de Produção do MST, o objetivo é visualizar uma agenda que possa atender a demanda dos trabalhadores a curto, médio e longo prazo. “Queremos alinhar a operacionalização das políticas públicas de reforma agrária à demanda dos assentados, no sentido de dialogar sobre o papel do Incra como integrador dessas políticas”, afirma, complementando que cerca de 300 trabalhadores de todo o estado foram mobilizados para participar da semana de discussões.


Calendário das reuniões

Na manhã de segunda-feira, o calendário de reuniões teve início com as demandas do Projeto de Assentamento 8 de Abril, localizado no município de Jardim Alegre. No turno da tarde foi a vez dos municípios da região Centro-Oeste: Pitanga, Boa Ventura de São Roque, Palmital, Laranjal, Cândido de Abreu, Manoel Ribas e demais.

 

Na terça-feira (8), a programação segue com os assentamentos e acampamentos dos municípios da região Oeste (Cascavel, Campo Bonito, Ramilândia e demais) no período da manhã, e da região Noroeste (Paranacity, Terra Rica, Querência do Norte e demais) no período da tarde.

Na quarta-feira (9) serão recebidas as demandas referentes aos municípios da região Centro (Cantagalo, Goioxim, Laranjeiras, Quedas e demais) no turno da manhã e da região Sudoeste (Francisco Beltrão, Mangueirinha, Coronel Domingos Soares e demais) no turno da tarde.

Na quinta-feira (10) a programação será deslocada para o município de Jundiaí do Sul, onde a equipe do Incra receberá as reivindicações dos assentamentos e acampamentos da região Norte (Imbaú, Ortigueira, Londrina, Jacarezinho, Congonhinhas e demais). A reunião acontecerá durante todo o dia no assentamento Nango Vive (antiga Fazenda Pau D’Alho) e terá a participação dos prefeitos dos municípios envolvidos, além das Universidades de Londrina e do Norte do Paraná. O objetivo será discutir a integração dos assentamentos com o desenvolvimento regional.

Na sexta-feira (11), a programação retorna para a sede do Incra em Curitiba, com início às 14h, para atender as demandas dos municípios da região Sul (Teixeira Soares, Lapa, Bituruna, Ponta Grossa e demais).

“O Incra tem realizado expressivos avanços na assistência técnica, agroindustrialização e educação nos assentamentos e estamos empenhados para que mais resultados positivos sejam obtidos na reforma agrária no nosso estado”, afirmou Guedes. O Incra possui hoje 323 assentamentos em uma área total de 425.778 hectares no Paraná, beneficiando 18.618 famílias de trabalhadores rurais.

O calendário de reuniões junto ao Incra faz parte do conjunto de mobilizações realizadas nacionalmente pelo MST em alusão ao Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária (17 de abril), lembrando o assassinato de 21 agricultores sem terra no município de Eldorado dos Carajás (Pará) no ano de 1996.