Por terra e água, 400 famílias ocupam projeto de irrigação na Bahia
Por Wesley Lima
Da Página do MST
Desde a última terça-feira (29), cerca de 400 famílias do oeste, norte e nordeste da Bahia ocupam o Projeto de irrigação do Baixo de Irecê, no município de Xique-Xique, próximo a comunidade Boa Vista.
A ocupação visa garantir que os pequenos agricultores e Sem Terra que residem ao redor do empreendimento tenham acesso à terra e a água, concentrados nos canais da empresa.
Por Wesley Lima
Da Página do MST
Desde a última terça-feira (29), cerca de 400 famílias do oeste, norte e nordeste da Bahia ocupam o Projeto de irrigação do Baixo de Irecê, no município de Xique-Xique, próximo a comunidade Boa Vista.
A ocupação visa garantir que os pequenos agricultores e Sem Terra que residem ao redor do empreendimento tenham acesso à terra e a água, concentrados nos canais da empresa.
O projeto é coordenado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), responsável por privatizar a terra e a água da região em 1999.
Os Sem Terra denunciam que existe uma campanha realizada pela empresa que veicula a disponibilização de lotes para os agricultores produzirem, porém, até agora nada foi feito. Há mais de 700 famílias acampadas no perímetro da Codevasf há mais de um ano.
A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, que este ano concentra a maior parte de suas ações entre os dias 28 a 10 de maio.
A demanda de destinar boa parte do perímetro irrigado para o assentamento de novas famílias Sem Terra foi encaminhada em fevereiro deste ano à Presidente Dilma Rousseff, que se comprometeu em analisar a situação, mas nada foi realizado até agora.
Nesta quinta-feira (1), o coordenador estadual da Codevasf, Lourival Gusmão, se comprometeu em discutir junto à presidência da empresa a liberação de um perímetro irrigado. Enquanto isso, os trabalhadores continuam mobilizados.
Para Domingas Farias, da direção estadual do MST, as áreas do perímetro irrigado “é um direito do camponês de produzir nestas terras, que hoje estão privatizadas”, acredita, ao dizer ser possível assentar cerca de 1000 famílias nessa área.