Com movimento estudantil, MST realiza Jornada da Reforma Agrária na UFS
Da Página do MST
A Feira da Reforma Agrária está de volta na Universidade Federal de Sergipe (UFS). De segunda (5) a sexta-feira (9), assentadas e assentados do MST apresentam e comercializam produtos da Reforma Agrária no campos da universidade, em São Cristovão.
Da Página do MST
A Feira da Reforma Agrária está de volta na Universidade Federal de Sergipe (UFS). De segunda (5) a sexta-feira (9), assentadas e assentados do MST apresentam e comercializam produtos da Reforma Agrária no campos da universidade, em São Cristovão.
Ao mesmo tempo, militantes do MST participam de debates e seminários sobre a questão agrária, o papel dos movimentos sociais e a luta pela terra no Brasil. A cultura popular do campo também se faz presente através de apresentações de teatro e música.
As atividades fazem parte da Jornada Universitária da Reforma Agrária em Sergipe, que acontece de 5 a 9 de maio. A Jornada está organizada em parceria com a nova gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFS, durante a semana da “calourada” – nome dado à recepção dos cerca de 5000 estudantes que estão ingressando a universidade.
O DCE, que iniciou sua gestão em 15 de janeiro deste ano, está propiciando, ao longo da semana, atividades e debates sobre uma grande diversidade de temas: movimento estudantil, democratização da comunicação, violência contra mulheres, movimento hip hop, questão agrária, etc.
Segundo Erick Feitosa, estudante em pedagogia e membro da nova gestão do DCE, o objetivo é “mostrar aos estudantes o que nós acreditamos ser o papel da universidade: uma universidade crítica, que debata com o conjunto da sociedade as problemáticas do nosso país.”
Neste sentido, todos os debates dão espaço a estudiosos oriundos do meio acadêmico, mas também a integrantes de movimentos sociais. “É indispensável trazer os movimentos sociais dentro da universidade, para que o povo tenha voz e ocupe um espaço que deve ser ao seu serviço”, ressalta Erick.
Bolo de macaxeira, milho ou ovos
Junta a outras assentadas, Eliene dos Santos trouxe produtos da Casa do bolo Doce Lar, do assentamento Caraíbas (região Norte do estado): bolo de macaxeira, milho ou ovos, pães de queijo, queijadinha, amanteigados, etc.
Todos os alimentos são produzidos pela agroindústria do assentamento. Nas bancas ao lado, os estudantes e trabalhadores podem provar outros produtos da agricultura camponesa: bolos, mel, macaxeira, biscoitos, polpas de frutas, artesanato, sabonetes.
Para Reinan Oliveira, da coordenação estadual do MST em Sergipe, a Jornada “é uma ocasião fundamental, para o MST, de mostrar à sociedade os nossos produtos e deixar claro, na prática, o conteúdo da reforma agrária popular que estamos pregando: a produção de alimentos saudáveis para a população.”
A Jornada Universitária da Reforma Agrária integra as Jornadas nacionais de luta pela Reforma Agrária. Em Sergipe, as jornadas começaram no dia 28 de abril, e se estenderão durante todo o mês de maio.
No decorrer destas Jornadas, o MST-Sergipe já realizou duas ocupações de latifúndios nas regiões Sul e Metropolitana do estado, assim com uma manifestação, junto com outros movimentos sociais, em frente à Alma Viva, empresa de telemarketing na capital Aracaju.