Nelson Padovavi, o ferrenho candidato ruralista anti-indígena



Da Página do MST


162 deputados e 11 senadores. Essa é a maior bancada do Congresso Nacional, conhecida como Bancada Ruralista, sob a sigla de Frente Parlamentar da Agropecuária.


Agora, na atual corrida eleitoral, são 12 o número de candidatos dessa bancada que procuram a reeleição, e que a Página do MST traz um pouco sobre o histórico de cada um e suas principais políticas no parlamento brasileiro.

Da Página do MST

162 deputados e 11 senadores. Essa é a maior bancada do Congresso Nacional, conhecida como Bancada Ruralista, sob a sigla de Frente Parlamentar da Agropecuária.

Agora, na atual corrida eleitoral, são 12 o número de candidatos dessa bancada que procuram a reeleição, e que a Página do MST traz um pouco sobre o histórico de cada um e suas principais políticas no parlamento brasileiro.

Um deles é Nelson Padovani, candidato a deputado estadual pelo Partido Social Cristão (PSC) pelo estado do Paraná. 

Padovani parece não gostar muito dos povos indígenas. Isso porque a PEC 237/2013, de sua autoria, tenta permitir o arrendamento de terras indígenas, anulando o direito garantido a elas pela Constituição. Nesse caso, por exemplo, um latifundiário poderia se apropriar dessas áreas para plantar soja em cima de soja.

O seu desgosto pelos povos originários se comprova por também ser titular na comissão especial da PEC 215/2000. Esse projeto visa retirar do Executivo e transferir ao Congresso a competência de aprovar as demarcações de Terras Indígenas. 

O que isso representa? A não demarcação de mais nenhuma terra indígena. Ou será que a maior bancada do congresso, que tem seus interesses contrários às políticas indígenas, reconheceria que essa ou aquela terra deveria voltar a alguma etnia? Muitos juristas chegam a considerar o projeto inconstitucional.

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Não bastasse o arrendamento das terras indígenas e a não demarcação de novas áreas, Padovani também quer permitir a mineração em terras indígenas, por meio do PL 1610/1996.
 
Ainda não satisfeito, o candidato a deputado estadual ainda é um dos signatários do pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Fundação Nacional do Índio (FUNAI); emitiu parecer favorável à reabertura da Estrada do Colono – que corta o Parque Nacional do Iguaçu – e votou contra a PEC do Trabalho Escravo (438/2001) e a favor das alterações no Código Florestal (Lei 12.650/2012). 

Ao longo de seu mandato como deputado federal nesses últimos quatro anos, Padovani viu seu patrimônio saltar de R$ 7.970.861,00, em 2010, para R$ 15.112.998,00 em 2014. 

Seus bens se distribuem entre terras rurais localizadas no Mato Grosso próximas a terras indígenas Nambiquara, outras no Mato Grosso do Sul e Maranhão, além de empresas de maquinário agrícola, incorporadoras e imobiliárias no Paraná. 

No pleito de 2010, recebeu um total de R$ 706, 460,00 em doações diretas, principalmente de empresas de engenharia agrícola e construtoras, como a Bsbios Indústria e Comercio de Biodiesel Sul Brasil Ltda; Grandcase Maquinas Agricolas Ltda; Metropolitana Tratores Ltda.

Padovani ainda é investigado por crimes de responsabilidade previstos na legislação extravagante. Em 2013 foi denunciado por agressão devido a problemas conjugais. 

Ele também é sócio da empresa Habitanorte Empreendimentos Imobiliários LTDA. A empresa foi acusada em 2013 por improbidade administrativa, ao causar danos de R$ 299.236,33 aos cofres públicos, no desvio de pedras que foram repassadas pelo DER (Departamento de Estradas e Rodagem) ao Município para que fosse construída a pista de um aeroporto em Cascavel, mas em vez disso, foram utilizadas para asfaltar um loteamento.

Eis aqui mais um candidato ruralista…