Em Aracaju, diversas organizações saem às ruas pelo fim dos agrotóxicos

Da Página do MST


Cerca de 200 pessoas percorram as ruas da capital Aracaju (SE) nesta quarta-feira (3), para relembrar do Dia Internacional de Luta Contra o Uso dos Agrotóxicos.


A data faz referência as 30 mil pessoas que morreram em Bhopal, na Índia, em virtude do vazamento de 27 toneladas de um gás tóxico usado na fabricação de um praguicida.

Da Página do MST

Cerca de 200 pessoas percorram as ruas da capital Aracaju (SE) nesta quarta-feira (3), para relembrar do Dia Internacional de Luta Contra o Uso dos Agrotóxicos.

A data faz referência as 30 mil pessoas que morreram em Bhopal, na Índia, em virtude do vazamento de 27 toneladas de um gás tóxico usado na fabricação de um praguicida.

O desastre químico foi considerado o pior da história, e a data foi estabelecida pela Pesticide Action Network (PAN) como o dia internacional do não uso de agrotóxicos. 

A empresa Dow, responsável pelo acidente, é hoje uma das seis gigantes do mercado de venenos e sementes transgênicos. Em 2012 faturou U$ 60 bilhões.

Mobilização 

Diante disso, diversas organizações do campo e da cidade, como o MST, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Levante Popular da Juventude (LPJ), Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), Marcha Mundial de Mulheres (MMM), Movimento Nacional de direitos Humanos(MNDH), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), denunciam o modelo do agronegócio. 

A concentração foi na Praça Fausto Cardoso, no centro da cidade, e se iniciou com a mobilização organizada pela MMM contra os insultos e incitação a violência contra as mulheres feita pelo vereador Agamenon Sobral (PP).

Após o ato realizado em frente à Câmara de Vereadores, os manifestantes saíram em marcha pelas ruas da cidade. 

Durante todo o percurso ocorreram várias intervenções de agitação e propaganda como stencil, esquete teatral, panfletagem e grafitagem, que contribuíram para uma boa visibilidade da ação.

Os manifestantes aproveitaram para denunciar que a realidade sergipana é composta em grande parte pelo monocultivo de cana de açúcar e o uso intensivo de agrotóxicos, afetando as comunidades que estão ao redor desses canaviais.

Para Jorge Rabanal, engenheiro agrônomo e militante do MST, o objetivo da marcha é denunciar o uso dos agrotóxicos, e alertar a sociedade dos riscos para saúde da população.

“Sem falar dos altos índices de doenças que sofrem os trabalhadores e trabalhadoras do campo por causa dessa prática”, alerta Rabanal.

Dessa forma que os Sem Terra também demonstraram a necessidade de estimular a produção de alimentos agroecológicos, em que a sociedade possa consumir na certeza de ser um alimento saudável sem riscos prejudiciais a saúde humana.