Sem Terra criam agenda de luta durante Encontro Estadual na Bahia

O Encontro contou com a participação de 800 pessoas, e avaliou as lutas e a organização do Movimento durante o ano de 2014, construindo linhas de atuação para 2015.

encontroestadualbahia.jpg

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Lutar, Construir Reforma Agrária Popular! foi um dos gritos de ordem que esteve presente no 27º Encontro Estadual do MST na Bahia, realizado entre os dias 15 e 18/01, na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

O Encontro contou com a participação de 800 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra, e avaliou as lutas e a organização do Movimento durante o ano de 2014, construindo linhas de atuação para 2015.

 

encontro_BA2.jpg

Pensando nisto, foi possível levantar as principais demandas na luta pela terra, visando a organização da base social no estado, criando uma agenda de mobilizações e ocupações.

O Movimento consolidou pautas no campo da formação e mobilização, tendo como base a unidade entre os diversos movimentos populares. 

Além disso, os Sem Terra da Bahia aumentaram seu território e construíram a regional do São Francisco, cuja cidade pólo é Bom Jesus da Lapa.

Desafios

Ao analisar a conjuntura política e as lutas no estado, Elizabeth Rocha, da direção nacional do MST, disse que a luta no estado se dá contra as empresas transnacionais do agronegócio, “especialmente a do eucalipto e da cana, mas também contra os meios de comunicação burgueses”.

A juventude, as mulheres e os Sem Terrinhas foram colocados como alicerce deste novo período. Também foi colocado a eles o desafio de se tornarem protagonistas de diversos espaços, como a organização de coletivos de cultura, agitação e propaganda, grupo de mulheres, associações com as trabalhadoras e lutas que dialoguem com cada uma destas pautas.

 

ciranda_bahia2!.jpg
Durante encontro, Sem Terrinha participam da Ciranda Infantil

Para os trabalhadores rurais, o ano de 2015 representa um novo momento histórico na luta pela Reforma Agrária Popular. Por isso colocaram a necessidade constante de planejar e articular as ações contra o avanço do capital na agricultura. 

Dentro destes desafios, Márcio Matos, da direção nacional, apontou que “as eleições de 2014 apontaram os interesses e a ofensiva da burguesia para conquistar o governo. Com a reeleição de Dilma se abre novas perspectivas para a transformação social”.

Dessa forma que Matos colocou que para se transformar “a atual sociedade brasileira será necessário uma intensa luta tanto do campo como da cidade. Uma luta conjunta contra a estrutura do capital, pressionando o governo a atender as exigências da classe trabalhadora”.

Durante o encontro, os Sem Terra concluíram que a luta direta por meio das ocupações vão garantir as mudanças sociais e construir um novo modelo agrícola no país.

Desta forma, Débora Nunes afirmou que experiência do MST nestes 30 anos de luta “nos leva a acreditar cada vez mais que este modelo de sociedade capitalista não é o que queremos. Queremos uma sociedade emancipada, onde os trabalhadores sejam protagonistas do desenvolvimento social, cultural e econômico”.