Ato em homenagem a Chávez inicia jornada de lutas das mulheres paraenses
Da Página do MST
As Mulheres do MST participaram, no dia 05 3, com demais representantes de movimentos sociais, militantes de partidos de esquerda do ato público em apoio à Venezuela, e do lançamento do vídeo “Meu Amigo Hugo” de Oliver Stone, que narra a vida do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, no Cine Olympia em Belém.
A participação deu início à Jornada de Lutas das Mulheres do MST no Pará. Na ocasião foi lido o manifesto das Mulheres da Amazônia Paraense em apoio à Revolução Bolivariana, reafirmando que as forças sociais de esquerda da Amazônia se juntam à luta internacionalista e contra qualquer tentativa fascista na Venezuela. (link do manifesto)
Em Marabá, sudeste do estado, cerca de 300 mulheres do MST realizaram um encontro de formação de 06 a 08 3, sobre a realidade das mulheres camponesas nas regiões sul e sudeste paraense.
A atividade incluiu também no sábado (07 3) a realização da feira agroecológica, em uma praça no centro da cidade, com comercialização de produtos produzidos nos assentamentos e acampamentos da região. No evento também foi realizado panfletagem sobre a “Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Pela Soberania Popular e Contra a Violência e o Agronegócio” e apresentações culturais.
Neste domingo (08 3) na capital, as camponesas oriundas dos assentamentos próximo de Belém, realizaram em conjunto com outras organizações feministas, uma caminhada pelas ruas contra a violência, por direitos e pelo plebiscito popular. Para Katia Regina Veiga, da coordenação regional do movimento, essas ações são necessárias para fortalecimento das lutas comuns. “Precisamos unir cada vez mais nossas bandeiras do campo e da cidade, pois queremos reformas seja urbana, rural ou política” afirma a trabalhadora.
Manifesto das mulheres da Amazônia paraense em apoio à Revolução Bolivariana.
No momento em que o povo latino comemora dois anos de semeadura do Comandante Hugo Chávez, as mulheres da Amazônia Paraense vêm prestar solidariedade à luta encampada pelas mulheres e homens venezuelanos em favor da soberania nacional, povo este que decidiu não viver mais de joelhos frente à burguesia venezuelana e ao imperialismo norte-americano.
Em memória de Manuela Sáenz, saudamos em especial as mulheres combatentes venezuelanas que diariamente estão construindo os conselhos comunais e o feminismo popular. Luta esta assumida e referendada por Chávez em vida.
Felicitamos todos que incentivados pelo grande comandante não pensaram duas vezes em empunhar a bandeira de construção do poder popular, bandeira esta que levam trabalhadores e trabalhadoras no campo e na cidade a construir mecanismos de participação, a fim de construir uma vida melhor para seus filhos e filhas, um país soberano e livre das opressões da miséria, da injustiça, da desigualdade social e do conservadorismo burguês venezuelano.
Referendamos o legado de Bolívar na construção da grande pátria verdadeiramente livres, onde todos e todas possam viver sem o jugo do agronegócio que tem avançado muito na Amazônia e na América Latina e expulsado famílias do campo e obrigando outras tantas a viverem sob a dinâmica bruta desse modelo econômico capitalista e imperialista. Enfatizamos também a necessidade das mulheres lutarem contra a violência doméstica, sexual, a mercantilização do corpo, o trabalho invisibilizado, a precarização do trabalho, a tripla jornada, e a negação do direito de participar das lutas de seu tempo.
Reconhecemos que a Venezuela, nos últimos anos, tem sido um grande exemplo de luta para os povos da América, em especial na conjuntura atual que vive a pátria madre Brasil por ameaça de golpe de forças de cunho fascista. Nesse momento queremos dizer que as forças sociais de esquerda da Amazônia Paraense se juntam à luta internacionalista para dizer aos que se julgam donos do poder que a maior arma de um povo é a sua própria organização.
Afirmamos que, enquanto mulheres, não nos silenciaremos diante das tentativas imperialistas de calar o povo latino e de roubar-lhe o direito de lutar até que sejamos livres. O povo venezuelano não está só. Em cada floresta, rio, estrada, periferia e campo da América Latina homens e mulheres abraçam e defendem a luta bolivariana.
Que as idéias revolucionárias de Bolívar, Manuela Saenz e Chávez nos inspirem a cada luta. E que as águas dos rios da Amazônia nos conduzam para o triunfo de nossa Revolução!
Belém-PA, 05 de março de 2015.
Solidarizam-se e assinam este manifesto,
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-PA
Consulta Popular
Marias
Levante Popular da Juventude
Movimento de Mulheres “Olga Benário”
Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional – FASE
Instituto de Educação Popular – IMANATARA
Rede Educação Cidadã – RECID
Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense – FMAP