Na Bahia, trabalhadoras Sem Terra protagonizam luta durante Marcha

Seis mil pessoas marcham de Feira de Santa a Salvador. Sem Terra devem chegar segunda-feira a capital.

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Por Wesley Lima
Da Página do MST

Mulheres contra o machismo! Mulheres contra o capital! Mulheres contra o machismo, o capitalismo neoliberal!

Com essa frase, as mulheres Sem Terra gritaram e denunciaram as desigualdades sociais no país, durante o ato de abertura da Marcha Estadual do MST, na Bahia.

O ato aconteceu nesta segunda-feira (9) na Praça da Prefeitura de Feira e Santana, e reuniu cerca de 3 mil trabalhadoras do campo e da cidade.

 

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As mulheres em luta denunciaram a violência, o modelo capitalista e o agronegócio. Diante destas questões, pautaram a construção de um território livre, tendo como base a democratização da propriedade da terra e da produção agroecológica.

A atividade contou com a participação de integrantes da Marcha Mundial de Mulheres (MMM), Movimento de Organização de Mulheres em Defesa da Cidadania (Mondec), Levante Popular da Juventude, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Consulta Popular, Central Única dos Trabalhadores (CUT), CATRUFS, Movimento de Organização Comunitária (MOC), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e organização de Mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT).

A articulação dos movimentos sociais de Feira de Santana denunciou o descaso do governo municipal com a estruturação do Centro de Referência e Casa Abrigo da cidade, a redução do orçamento referente à agricultura familiar e pediu pela construção das 28 creches do Programa Brasil Carinhoso.

O momento marcou o protagonismo feminino na luta por direitos e o fortalecimento da unidade nas pautas entre as trabalhadoras.

Traçando uma linha política diante da unidade construída entre o campo e a cidade, Thays Carvalho, da Consulta Popular, disse que “o ato foi muito importante para a simbologia unitária da luta feminina, não só por demarcar a necessidade das mulheres ocuparem as ruas e serem protagonistas no espaço público, mas sim, por abrir as portas para diversas conquistas das trabalhadoras na região”.

Além disso, Thays enfatiza que “a mobilização faz parte de um calendário nacional de lutas, cuja pauta central é a necessidade da reforma política. Nesse sentido, é uma importante demonstração de força da esquerda, em especial, da luta das mulheres”.

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Jornada das Mulheres

O mês de março na Bahia será marcado pela Jornada Nacional de Luta das Mulheres contra a violência, o capital e o agronegócio. O ato representou a pauta de reivindicações das mulheres e consolida um novo período de lutas feministas.

Maria Edilene, do assentamento Menino de Jesus, no recôncavo baiano, reafirmou que a luta da mulher é essencial à sociedade.

“O espaço de luta proposto pela jornada nacional foi muito importante para que outras mulheres ouvissem nossas denúncias. Desta forma, poderíamos nos unir e lutar para melhorar a participação com maior igualdade entre as ações das mulheres e dos homens”, concluí.

Marcha

O Ato deu inicio a uma das maiores marchas já realizadas pelo MST na Bahia, que percorrerá 116 km de Feira de Santana a Salvador.

A marcha reúne cerca de 6 mil trabalhadores e trabalhadoras, que pretende estabelecer um diálogo com a sociedade sobre a importância da Reforma Agrária e a defesa dos direitos da população e do patrimônio nacional.

Além destas questões, este momento é construído para pautar a retomada do debate da Reforma Agrária no estado e das desapropriações de terra.

Os trabalhadores pretendem chegar a Salvador na segunda-feira (16).