Dia Nacional de Lutas mobiliza país contra PL das terceirizações

Em Brasília (DF), por volta das 15 horas, a polícia recebeu com violência milhares de pessoas que participavam da mobilização em frente ao Congresso Nacional.

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Por José Coutinho Júnior, Vivian Fernandes e Simone Freire
Do Brasil de Fato

A manhã desta terça-feira (7) começou com manifestações por todo o país. Organizado por centrais sindicais e movimentos sociais da cidade e do campo, o Dia Nacional de Luta em Defesa dos Trabalhadores levou centenas de pessoas às ruas em defesa dos direitos trabalhistas e contra a aprovação do Projeto de Lei n° 4330/04, que libera as terceirizações em qualquer atividade de empresas.

A pauta de reivindicações também incluiu a defesa da democracia, da Petrobras, do combate à corrupção, além das reformas política, agrária e da comunicação. Em São Paulo, a mobilização teve início às 9 horas e juntou-se à Marcha do Dia Mundial da Saúde, que reivindicou maiores investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e denunciou as privatizações e terceirizações no setor.

Presente na manifestação paulista, Lourdes Estevão, do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), falou sobre os resultados das terceirizações no setor da saúde. “A avaliação que fazemos é que a terceirização, além de ruim para o trabalhador, é cara e ineficiente para a saúde. A partir do momento que se passa para o setor privado áreas da saúde pública, a lógica que domina é a do lucro, do atendimento rápido, ao invés de se pensar no bem estar dos pacientes”.

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A avaliação é compartilhada por Adão do Carmo, representante do Movimento Popular da Saúde: “Trabalhadores e saúde estão em situação cada vez pior com a iniciativa privada tomando conta de um serviço público. Não vamos deixar que o SUS seja sucateado”, disse.

A questão da precarização da saúde da mulher também foi lembrada durante a mobilização porSonia Coelho, da Marcha Mundial de Mulheres (MMM). Segundo ela, a falta de investimento do Governo do Estado de São Paulo no SUS é o motivo da morte de muitas mulheres.

“As áreas da saúde da mulher do Governo do Estado estão totalmente desmanteladas. As mulheres em São Paulo ainda continuam morrendo por doenças evitáveis como câncer de mama e outros. Nós queremos um SUS público, gratuito e universal para toda a população. Nós queremos mais saúde para as mulheres”, disse.
    

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Votação em Brasília

Em Brasília (DF), por volta das 15 horas, a polícia recebeu com violência milhares de pessoas que participavam da mobilização em frente ao Congresso Nacional. Alguns manifestantes ficaram feriados. O deputado federal Vicentinho (PT-SP) foi atingido pelo spray de pimenta utilizado pela polícia e teve que ser atendido por um médico.

A mobilização em Brasília tinha como objetivo impedir a votação do PL 4330 prevista para começa às 14:30 horas desta terça-feira. A votação também foi confirmada, em entrevista na manhã de hoje, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que defende o PL.