Em dia de paralisação, Sem Terra realizam diversas ações pelo Brasil

Em BH, centenas ocupam Ministério da Fazenda. Já no ES, trabalhadores ocupam as praças de pedágios na BR 101.

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Da Página do MST

Sem Terra de diversas partes do Brasil amanheceram, nesta sexta-feira (29), realizando diversas ações contra a retirada dos direitos trabalhistas.

Os trabalhadores rurais se juntam às centrais sindicais e outros movimentos sociais para participar do Dia Nacional de Manifestações e Paralisações.

As ações são voltadas contra as Medidas Provisórias 664 (que muda as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte), 665 (que dificulta o acesso ao abono salarial e ao seguro-desemprego), e os ajustes fiscais promovidos pelo Ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

No Rio Grande do Sul, centenas se mobilizam em ao menos três cidades: Porto Alegre, Passo Fundo e Pelotas.

Em Belo Horizonte (MG), mais de 1.200 pessoas do MST, Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocuparam o Ministério da Fazenda do estado. Os trabalhadores rurais também protestam contra os cortes no orçamento da Reforma Agrária, que ficou em mais de 50%.

Já no Paraná, cerca de 800 Sem Terra realizam o trancamento da rodovia que sai de Curitiba sentido Araucária, na região do km 587, próximo ã fábrica da Volvo.

Às 11 horas acontecerá um ato em que os trabalhadores vão marchar da Praça 19 de dezembro até o Palácio Iguaçu, sede do governo estadual.

Os camponeses do Paraná iniciaram suas mobilizações já na quarta-feira (27), quando ocuparam o Incra em Curitiba, durante a Jornada de Luta pela Reforma Agrária do Paraná.

Além da luta pelos direitos dos trabalhadores, a mobilização reivindica vistorias, desapropriações e arrecadações de áreas para fins de Reforma Agrária. Somente no Paraná, há 7 mil famílias acampadas.

No Espírito Santo, cerca de 350 trabalhadores rurais sem terra, ocupam as praças de pedágios de Linhares à São Mateus, localizadas na BR 101. Como forma de manter o manifesto contra a terceirização e ao mesmo tempo dialogar com a sociedade, foi aberta uma passagem para os veículos.

Em todo o país os Sem Terra se somam às lutas puxadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central, União Geral dos Trabalhadores (UGT), CSP-Conlutas e Força Sindical.

Outras organizações como o Movimento Mundo do Trabalho contra a Precarização, MAB e Levante Popular da Juventude também participarão dos protestos.