Sem Terra doam 50 mil litros de leite para Banco de Alimentos de SC
Da Página do MST
Os Sem Terra de Santa Catarina doaram 25 mil litros de leite para o Banco de Alimentos da Secretaria Municipal de Assistência Social do estado.
A carreta com leite longa vida do tipo integral, processado pela Cooperativa Regional de Comercialização do Extremo Oeste Ltda. (Cooperoeste), ligada ao MST, foi descarregada nesta segunda-feira (1°) no órgão municipal.
Para Ernesto Puhl Neto, da direção estadual do MST, a doação faz parte do intuito das cooperativas da região Sul, de inserir toda a comunidade no processo de integração com o que é produzido nos assentamentos do MST.
“Nossa ideia é levar a produção dos assentamentos para toda a população. Queremos mostrar a qualidade dos produtos da Reforma Agrária e provar para a sociedade que a agricultura camponesa pode produzir alimentos de qualidade em grande escala”, afirma.
O leite será distribuído para cerca de 40 entidades socioassistenciais cadastradas no Banco de Alimentos e para os equipamentos públicos de Assistência Social, como a Cozinha Comunitária, Centros de Referência de Assistência Social (CRASs), Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREASs), Abrigos Municipais, Centro Pop, entre outros.
Na próxima semana está prevista a chegada de mais 25 mil litros de leite, totalizando 50 mil litros.
Ernesto acredita que os números falam por si só e resumem a importância da agricultura familiar para a produção alimentícia no país.
“Os assentados trabalham com 330 mil litros de leite por dia, além de iogurte e bebida láctea. Cerca de 200 mil litros são da marca Terra Viva, e 130 mil litros são prestação de serviços para outras duas empresas. São números que mostram que é possível alinhar a produção de alimentos de qualidade e economia sustentável”, ressalta.
A venda é centralizada no estado do Paraná, com 54% da produção. Santa Catarina tem em torno de 22% e o restante é distribuído em Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Essa não é a primeira vez que doações desse tipo são feitas ao Banco de Alimentos. A produção de arroz e feijão da cooperativa também já foi distribuída no Banco de Alimentos do estado.