Em mais uma feira, Sem Terra mostram a força da produção agroecológica na BA
Da Página do MST
Em mais uma Feira da Reforma Agrária, assentados do extremo sul da Bahia apresentaram à população de Itamaraju uma produção diversificada de alimentos, livres de agrotóxicos e transgênicos.
A feira aconteceu neste sábado (13) no centro da cidade baixa. Além da diversidade de produtos agrícolas, os trabalhadores rurais também distribuíram jornais e panfletos, que traziam os riscos do uso de agrotóxicos e sementes transgênicas à saúde.
Além disso, o espaço dialogou com a população urbana sobre a importância da construção da agroecologia, e mostrou um pouco da cultura dos assentamentos e acampamentos com a apresentação de grupos musicais.
Leandro Dominicine, da coordenação regional do MST, destacou que todos os produtos apresentados na feira
são conquistas das famílias assentadas e acampadas, que se contrapõe ao modelo de produção do agronegócio.
“O sucesso dessa produção está no intercâmbio de experiências entre os trabalhadores, que resgatam conhecimentos tradicionais como forma de capacitação para o cultivo orgânico sustentável”, observou Dominicine.
Além de oferecer alimentos saudáveis e baratos à população das cidades, as feiras agroecológicas que estão acontecendo em toda região do extremo sul da Bahia denunciam a contaminação indiscriminada do meio ambiente, causada pelos grandes monocultivos do agronegócio.
Joilson Pereira, mais conhecido como Bolinha, é agricultor e técnico em gestão agrícola formado nas escolas do MST. Ele diz que a agroecologia parte de três princípios. Primeiro, fornecer produtos sustentáveis. Em seguida, garantir uma produção socialmente justa, e por fim, adequadamente viável.
Neste sentido que Evanildo Costa, da direção estadual do MST, enfatizou a necessidade da união entre trabalhadores do campo e da cidade para a construção da agroecologia.