Em MS, movimentos do campo se reúnem com Incra Nacional

Os movimentos defenderam o nome de Humberto Melo - funcionário público da (Agraer) - para ocupar o cargo de superintendente do Incra/MS.

foto6_principal.jpg

Por Karina Vilas Boas
Da Página do MST 

Os movimentos sociais reunidos na tarde desta terça-feira (4) na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Mato Grosso do Sul (Incra), debateram com os representantes do órgão de Brasília questões relacionadas à Reforma Agrária no estado.

Na ocasião, os movimentos defenderam o nome de Humberto Melo – funcionário público da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) – para ocupar o cargo de superintendente do Incra/MS. 

De acordo com Jonas Carlos da Conceição, dirigente do MST, esse é um momento histórico de união entre os movimentos sociais para cobrar ações efetivas no estado, sobretudo na nomeação do nome do superintendente e nas melhorias necessárias de pessoal e orçamento do Incra em Mato Grosso do Sul. 

 

foto5_principal.jpg

“A realização da Reforma Agrária no Brasil é lenta e enfrenta várias barreiras. Em MS não é diferente, já estamos há cinco anos sem nada efetivo no estado. Em maio fizemos uma marcha de doze dias solicitando a reestruturação e nomeação de um superintende comprometido com a causa. Agora enfrentamos cortes nacionais de orçamento e estamos aqui hoje para debater sobre essa realidade”, afirma.

Para Genilson Duarte, presidente da CUT/MS, a Central e seus sindicatos rurais caminharão sempre com os movimentos que possuem credibilidade para fazer este debate. 

“A CUT de nosso estado possui uma atuação na luta pela terra, até por conta da realidade de MS, e a atual direção optou por caminhar neste grupo unitário, que tem movimentos como o MST, a Fetagri, o MCLRA, que possuem história e seriedade”.

Segundo Ramiro Moisés Neto, secretário da Fetagri, o debate com os representantes nacionais do Incra é de suma importância para as ações efetivas no estado. 

“Esperamos que a presença dessa equipe em MS seja para de fato se interarem da realidade que estamos enfrentando, e poderem atuar para mudar, pois não dá mais para aceitarmos a realidade do Incra, a falta de funcionários, de recursos e continuarmos nesta situação sobre a superintendência”, ressalta.

O representante da Assistência Direta e Imediata ao Presidente do Incra Nacional, Sérgio Ricardo Rezende, enfatizou na reunião que a decisão do nome da superintendência é uma decisão da presidência do órgão que já está realizando este debate. 

“Por enquanto tratamos com o atual superintende do Incra de MS, Sidney de Almeida, e essa decisão cabe à presidência nacional. Porém, o que estamos definindo nesta reunião são questões de organização e técnicas que não serão afetadas por qualquer mudança”, enfatiza.

Sérgio Ricardo disse ainda que o órgão está atuando em melhorias para obtenção de áreas em MS. “Temos um cenário nacional e dentro dele estamos nos comprometendo a trabalhar ao máximo nesta área, juntamente com os movimentos, em Mato Grosso do Sul, que precisa de uma atenção na Reforma Agrária”, conclui.

Os movimentos aguardam a vinda do vice-presidente nacional do Incra, Leonardo Góes Silva, que ficou de vir nesta quarta-feira (5) para dar continuidade aos debates e organização de ações na Reforma Agrária em MS. 

Estiveram presentes representantes do MST, Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetagri), Central única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Movimento Camponês de Luta pela Reforma Agrária (MLCRA) e sindicatos e federações ligadas as duas centrais sindicais (CUT e CTB).