Educadores mineiros se preparam para o 2° Encontro Nacional da Educação do Campo
Da Página do MST
Os construtores da educação do campo no MST de Minas Gerais iniciaram nesta quinta-feira (27), o 6° Encontro Estadual dos Educadores da Reforma Agrária (EEERA), no Centro de Formação Francisca Veras, em Governador Valadares.
Durante três dias representantes de escolas do campo e do setor de educação do MST das regiões do Rio Doce, Jequitinhonha e Mucuri, Norte, Sul, Zona da Mata e Triângulo Mineiro trarão irão discutir apontamentos para avançar na construção da educação do campo, além de se preparem para o 2° Encontro Nacional de Educadores da Reforma Agrária (ENERA). irão discutir apontamentos para avançar na construção da educação do campo, além de se preparem para o 2° Encontro Nacional de Educadores da Reforma Agrária (ENERA).
Atualmente, o estado de Minas Gerais conta com 17 escolas do Movimento, e o desafio para o próximo período é dobrar este número, além de articular junto a diversas instituições de ensino projetos para erradicar o analfabetismo nas áreas de acampamento e assentamento.
O 6° EEERA representa um momento de retomada e rearticulação do setor de educação, direcionando seus princípios de estudo, trabalho e produção para a Reforma Agrária Popular, entendendo a escola como uma possibilidade de instrumento de transformação humana na geração de novas formas de sociabilidade e de organização da vida no mundo.
Educação em Minas Gerais
Em Minas Gerais, a luta por educação começou desde a primeira ocupação no estado, com a entrada na fazenda Aruega, no município de Novo Cruzeiro.
Sua escola foi criada em 1991, no bojo da luta pela terra, sendo elemento fundamental no processo de resistência dos acampamentos, provocando a organicidade do setor a partir de sua demanda.
Em 1996, com a primeira turma de Pedagogia da Terra do MST, em UNIJUÍ-RS, começam as primeiras articulações para a efetivação de um Coletivo Estadual, gênese do setor de educação. Muitos foram os educadores que estudaram fora de Minas Gerais e garantiram a formalização do Setor, que completa 19 anos em 2015.
Desde então, se concretizaram experiências como a Escola Estadual 1º de Junho, a Escola Josimar Gomes, no assentamento Oziel Alves, além de experiências no norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e Mucuri e Triângulo Mineiro.
Muitos ressaltaram o fato das escolas terem sido concebidas com muita luta nas Superintendências Regionais de Ensino e/ou prefeituras municipais, com marchas e principalmente a ocupação pedagógica das escolas, pois não apenas consideram importante a conquista física da instituição, mas acreditam que do ponto de vista pedagógico ela não existe sem a compreensão e o envolvimento dos sujeitos como protagonistas do processo.