Cursos de formação na Bahia apontam um novo cenário de luta para os Sem Terra

Os cursos pautam a Reforma Agrária como estratégia política e organizativa para garantir a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

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Do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Uma das ferramentas encontradas pelos Sem Terra para fortalecer a organicidade e a participação popular nos processos de lutas são os cursos de formação política realizados em toda Bahia.

Iniciados neste segundo semestre, os cursos pautam a Reforma Agrária como estratégia política e organizativa para garantir a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. 

Com isso, a ideia é que os cursos sejam construídos em torno de diversas frentes de atuação, como os coletivos de formação, produção, educação, gênero e juventude do MST.

Dirigentes e articuladores do Movimento provocam o debate a partir do atual cenário político, trazendo elementos para se pensar a democratização da terra no Brasil. 

Com isso, os Sem Terra estão construindo diversas místicas e atividades culturais, debatendo os temas em questão a partir da arte e da cultura.

Para Alexandra, do setor de formação no norte da Bahia, “temos o desafio de trabalhar e perceber a luta através da construção coletiva entre os movimentos do campo e da cidade, envolvendo toda sociedade em torno da proposta da Reforma Agrária”.

Alexandra acredita ser necessário construir estratégias no campo da formação que provoque o debate da agroecologia como pauta que unifique as bandeiras de luta. 

Norte

Na região norte da Bahia o curso aconteceu a nível regional e reuniu cerca de 50 trabalhadores no Acampamento Eldorado dos Carajás, em Juazeiro, entre os dias 31/08 e 05/09.

A organicidade, a produção, as relações de gênero, o trabalho de base e o programa agrário do MST foram alguns dos temas trabalhados no curso.

Baixo Sul

No baixo sul baiano, os Sem Terra organizaram os cursos de formação por brigadas. A primeira turma contou com 100 trabalhadores e trabalhadoras, ao se reunirem no Assentamento Fábio Henrique, em Wenceslau Guimarães, na última quinta e sexta-feira (03 e 04/09). 

Estão programadas mais duas turmas na região. Uma na brigada Ojeferson Santos e a outra na Costa do Dendê.

Extremo Sul

Já no extremo sul da Bahia, cerca de 120 Sem Terra participaram entre os dias 25 e 28/08 de mais um curso regional de formação política na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, no Prado.  

Outro curso foi realizado entre os dias 01 e 03/07 envolvendo trabalhadores da Brigada Olga Benário e Nelson Mandela.

No mês de setembro e outubro serão realizados mais espaços de formação na região da Chapada Diamantina e no Nordeste da Bahia.