Curso de formação qualifica atuação dos Sem Terra nas áreas de Reforma Agrária

Cerca de 60 trabalhadores rurais Sem Terra participaram do curso básico de formação de lideranças da Região Sul, no Assentamento José Maria, em Abelardo Luz (SC).

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Por Ernesto Puhl
Da Página do MST

Cerca de 60 trabalhadores rurais Sem Terra participaram do curso básico de formação de lideranças da Região Sul, no Assentamento José Maria, em Abelardo Luz (SC), durante todo mês de setembro.

A turma Paulo Freire (como foi batizada) foi dividida em oito núcleos de bases com nomes de lutadores e lutadoras, como Che Guevara, Roseli Nunes, Florestan Fernandes, Rosa Luxemburgo.

O curso cumpre o papel de formar a militância para que possam contribuir com maior qualidade na luta pela terra e pela transformação social. Andressa Marieli Valente, militante do Paraná, comenta que o curso lhe proporcionou “a formação de uma nova consciência, me tirou de dentro da manipulação capitalista que ainda me dominava, mostrando-me que há sim uma forma diferente de ser e agir. Agora me sinto no dever de mostrar a meus companheiros essa nova ótica de mundo. Motivando-me a lutar cada dia mais”.   

 

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Já o paranaense Deianir Vicente da Silva, disse que quando chegou para o curso “tinha uma visão superficial do Movimento, e agora com toda a carga de conhecimento que foi me apresentada, comecei a entender o real propósito do MST. Ao meu ver, é o rompimento com a opressão, não só a dos Sem Terra, mas de toda a sociedade trabalhadora”. 

Outro propósito da atividade é contribuir com a militância no trabalho de base com as novas famílias que chegam aos acampamentos.

Neste sentido, Cleiton M.de Siqueira, militante do MST em Santa Catarina, acredita que com o conhecimento adquirido terá “mais facilidade de argumentar e dialogar com a base. Isso tem uma importância no trabalho de base. Cabe a nós agora a responsabilidade de compartilhar o conhecimento com os nossos companheiros”.

A catarinense Ana Paula Fideleski, também comentou que “o conhecimento é a base para ser militante, que a nossa luta deve ser mútua, todos em prol de uma transformação social, aprendendo a pensar a realidade, socializando a luta por dignidade”.