Agroecologia é debatida a partir do universo lúdico dos Sem Terrinha

Com o tema “Infância Sem Terra e agroecologia”, mais de 150 crianças realizaram encontro para valorizar a identidade camponesa.

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Do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Com linguagem diferenciada e com muita diversão, o MST realizou nesta quarta-feira (28) o 1º Encontro dos Sem Terrinha da brigada Elias Gonçalves de Meura.

O Assentamento Milton Santos, em Porto Seguro, foi o local escolhido para ser palco de diversas atividades de formação inspiradas na ludicidade e realidade das crianças Sem Terra.

Com o tema “Infância Sem Terra e agroecologia”, a atividade contou com a participação de mais de 150 Sem Terrinha, de até 5 anos, com o objetivo de valorizar a identidade camponesa por meio dos conhecimentos e práticas agroecológicas.

De acordo Jaziam Mota, da direção estadual do MST, os Sem Terrinha também precisam ser protagonistas e construtores de sua história, e isso só é possível através da participação. 

 

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“Por isso é fundamental proporcionar diversos espaços que respeite suas linguagens e potencialize o desenvolvimento infantil”, destacou Mota. 

O encontro brindou as crianças com diversas histórias contadas com fantoches, brincadeiras e animação com palhaços. Todas estas atividades foram trabalhadas a partir da linguagem infantil e apontando a temática da agroecologia.

Depois de diversas atividades, as crianças não dispensavam o cochilo da tarde e nem as grandes rodas de ciranda com as canções que fazem parte do dia a dia dos assentamentos e acampamentos da região.

Fechar escola é crime

Para Maria Gil, diretora da Escola Paulo Freire, “o encontro e a luta contra o fechamento das escolas do campo possui um significado místico e inspirador para os que defendem a educação e a agroecologia”.

Já Genivaldo Nascimento, da direção da brigada, a temática da agroecologia trabalhada com as crianças fortaleceu a construção da identidade camponesa frente às diversas tentativas do capital em “destruir as comunidades do campo”.

“Prova dessa ofensiva aos povos do campo é o fechamento de centenas de escolas nos últimos anos”, denunciou. Segundo dados do próprio Ministério da Educação, desde 2002 foram fechadas mais de 37 mil escolas no campo.