Juventude baiana debate os atuais desafios enfrentados pela classe trabalhadora
Do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST
Entre os dias 4 e 5 de novembro cerca de cem trabalhadoras e trabalhadores Sem Terra se reuniram no Centro de Formação Pátria Livre, em Barro do Choça, durante o Encontro de Formação Política do sudoeste baiano.
Durante os dois dias de formação, os Sem Terra realizaram uma análise do cenário político atual apontando os principais desafios colocados à classe trabalhadora na luta por direitos.
Além disso, debateram a organicidade interna do MST, os avanços da luta na região e as limitações encontradas pela militância em garantir a formação política.
De acordo com Jeivã Santos, da direção estadual do MST, “o encontro cumpriu o objetivo de motivar a militância a permanecer lutando em defesa da Reforma Agrária”.
Já para Isaias Nascimento, também da direção estadual, um dos pontos positivos do encontro foi a participação massiva da juventude na construção dos debates e da organicidade das atividades.
“Nossa juventude veio cheia de vontade para protagonizar os debates. As reflexões trazidas pelos nossos jovens nos ajudaram acumular politicamente na construção de nossas lutas e na apropriação de novas ferramentas de diálogo com a sociedade”, destacou.
Outra tema abordado no encontro foi a organização da produção dos assentamentos através da cooperação e métodos sustentáveis.
“Somos os sujeitos que alimentam toda a sociedade e, por isso, precisamos qualificar e aumentar a produtividade por meio de agroindústrias. Assim podemos avançar também na luta contra o agronegócio”, enfatizou Jeivã.
Atividades Culturais
Se durante o dia a juventude estava construindo os debates, a noite as atividades culturais foram trabalhadas a partir do olhar e da vivência dos jovens.
As canções e os causos relatados pelos avós deram um tom descontraído ao ambiente que propôs discutir amplamente o que é ser um jovem Sem Terra.
Avanços
Avaliando o encontro e projetando novas lutas, Isaias afirmou que existe o compromisso assumido dos trabalhadores em seguir levantando a bandeira da Reforma Agrária e incorporando os debates das lutas populares no bojo organizativo do Movimento.
“Estas questões nos ajudarão a tocar as tarefas orgânicas e a construir novas lutas contra o agronegócio”, concluiu.