Diversos movimentos escrevem carta em apoio à greve dos petroleiros
Da Página do MST
Desde o dia 1° de novembro que os petroleiros entraram em greve geral em todo o país em defesa da Petrobras, contra a privatização da empresa, em defesa da vida e da soberania nacional.
Os petroleiros alegam que a maior empresa nacional sofre graves ataques que já estariam afetando a economia do país e comprometendo milhões de empregos.
Diante destes fatos, diversos movimentos populares, sindicatos e partidos escreveram uma carta em apoio e solidariedade à greve e conclamando a sociedade ao povo brasileiro para também apoiar essa luta, que seria de interesse de todos.
Confira:
PORQUE A SOCIEDADE DEVE APOIAR A GREVE DOS PETROLEIROS
Os petroleiros e petroleiras do Brasil decidiram entrar em greve, após amplo processo de negociação com a Diretoria da Petrobrás sem terem atendidas as reivindicações da categoria.
Conclamamos a todo o povo brasileiro para apoiar a greve dos trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás pelos seguintes motivos:
1. Os petroleiros(as) entraram em greve porque não aceitam que a Petrobrás e o petróleo do Brasil sejam privatizados. A luta é contra a privatização, em defesa da vida e da soberania. A maior empresa dos brasileiros sofre graves ataques que vem do capital financeiro, dos cartéis empresariais, da mídia, do judiciário e de todos que querem a sua privatização.
A estratégia do capital é impor uma reorganização para a privatização. Com um plano de desinvestimento, a atual diretoria da Petrobrás quer privatizar partes da empresa, entregando o que é do povo brasileiro para as empresas privadas internacionais e nacionais, o que causará perda de soberania e a entrega de um setor estratégico para o desenvolvimento nacional, além de causar grandes aumentos nos preços do gás de cozinha, combustíveis e demissões de trabalhadores e trabalhadoras.
2. A greve dos petroleiros(as) exige o fim do ajuste fiscal do atual governo. Este ajuste fiscal só aumenta as dificuldades econômicas do Brasil, retira os ganhos que o povo brasileiro teve nos últimos anos e não resolve o problema da crise. Os petroleiros(as) exigem que a Petrobrás volte a realizar todos os investimentos necessários na exploração, refino e distribuição de petróleo e com estes investimentos se retome a industrialização e a geração de postos de trabalho no petróleo, como por exemplo a produção de todos os equipamentos necessários – navios, sondas, plataformas- para reaquecer a indústria naval nacional gerando mais empregos para nosso povo em nosso território.
3. A greve dos petroleiros(as) quer a manutenção dos empregos e dos ganhos que a população teve nos últimos anos e exige que os recursos provindos da produção do petróleo seja usado para as áreas sociais em nosso país. Em especial, para que os recursos do pré-sal sejam para educação, saúde, emprego e direitos do povo brasileiro. Por isso a greve luta para não haver retrocessos nas leis do petróleo.
4. A greve deve ser apoiada pois esta categoria profissional é muito importante para o Brasil. São os trabalhadores e trabalhadoras petroleiros que sempre e em qualquer condição produzem a partir do petróleo, inúmeros produtos necessários e fundamentais para o desenvolvimento do nosso país. Esta categoria profissional sempre esteve a favor do desenvolvimento nacional e da geração de empregos em nosso país, e com seu trabalho produzem riquezas para todo o povo brasileiro.
5. Porque é absolutamente justo que a categoria dos petroleiros tenham sim seus direitos reconhecidos tanto pela Petrobrás quanto pelo governo, recebendo seus salários com os reajustes necessários e tendo boas condição para sua vida e seu trabalho. E por fim, porque os trabalhadores em greve não compactuam com nenhuma prática de desvios dos gestores e dos cartéis empresariais que tentam se aproveitar desta importante empresa do povo brasileiro.
A Greve dos(as) Petroleiros(as) é justa e necessária, é para o bem do Brasil e do povo brasileiro que devemos apoiar a greve. Todo apoio à greve. O petróleo é nosso. Defender a Petrobrás é defender o Brasil. Privatização não é a solução.
Assinam:
Central Única dos Trabalhadores – CUT SP,
CNU ‐ Confederação Nacional dos Urbanitários,
Confetam ( Confederação dos Trabalhadores (as) no Serviço Público Municipal,
Consulta Popular – CP,
CUT Nacional,
Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de São Paulo (FTIUESP),
FENET- Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico,
FISENGE – Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros,
FNU – Federação Nacional dos Urbanitários,
FRUNE ‐ Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste,
FSU ‐ Federação Regional dos Urbanitários do Sul,
FUAL ‐ Federação Regional dos Urbanitários do Norte,
FUP – Federação Única dos Petroleiros (Sindipetro AM; Sindipetro CE/PI; Sindipetro RN;
Sindipetro PE; Quimicos e Petroleiros da BA; Sindipetro MG; Sindipetro ES; Sindipetro
Caxias; Sindipetro NF; Sindipetro Unificado SP; Sindipetro PR/SC; Sindipetro RS),
FURCEN – Federação Regional dos Urbanitários do Centro‐Norte,
Ins. Paulo Freire,
Intercel,
Intersul,
Jornal Página 13,
Juventude Revolução,
Levante Popular da Juventude – LPJ,
Marcha Mundial das Mulheres – MMM,
MLB- Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas,
MLC- Movimento Luta de Classes,
Movimento Camponês Popular – MCP,
Movimento dos atingidos por barragens – MAB,
Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA,
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST,
Plataforma Operária e Camponesa de Energia,
Revista Esquerda Petista,
Senge PR,
Senge RJ,
SINAERJ ‐ Sindicato dos Administradores no Estado do Rio de Janeiro,
Sindicalistas do Projeto Popular,
Sindieletro MG,
Sinergia CUT,
SINTAEMA,
STIU-DF,
UJR- União da Juventude Rebelião,
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES
UP- Unidade Popular Pelo Socialismo,
Valdeli Guimarães,
Via Campesina Brasil.