Em Vitória da Conquista, Sem Terrinha levantam a bandeira da educação no campo

Em marcha pelas ruas da cidades, os alunos reafirmaram o compromisso de lutar contra a privatização da educação pública.

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Do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

 

Nesta quinta-feira, cerca de 500 Sem Terrinha saíram às ruas de Vitória da Conquista para chamar atenção da sociedade para as dificuldades que passam as escolas nos assentamentos de Reforma Agrária, localizados no município. 

Aos gritos de: “Brilha no céu a estrela de Chê, nós somos Sem Terrinha do MST”, as crianças que carregavam cartazes e faixas denunciaram o fechamento das escolas do campo e a apropriação do capital sobre modelo educacional brasileiro.

De acordo com o coletivo de educação regional do MST, diversos problemas são enfrentados nas escolas do campo, como falta de infraestrutura, saneamento básico, educação, saúde, transporte e lazer. 

“Estamos em marcha para cobrar que a pauta da educação do campo seja colocada na agenda de discussão do município”, explicou o coletivo.

Para os Sem Terrinha, estar em luta por uma educação de qualidade simboliza, desde cedo, se reconhecer como sujeito construtor de seu futuro.

Uma pauta com as reivindicações dos estudantes foi entregue na Prefeitura Municipal e na Câmara de Vereadores. 

Com isso, os Sem Terrinha reafirmam o compromisso de lutar contra a privatização da educação pública, contra a precarização dos currículos e pela defesa de uma educação gratuita e de qualidade para todos.

Jornada de Luta

A ação, faz parte da Jornada de Luta e Formação em Defesa da Educação que é realizada no mês de outubro. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), realizado em 2014, mais de 37 mil escolas no campo foram fechadas nos últimos 15 anos. 

Na Bahia foram 872 escolas fechadas. O maior número do país.